Investigadores vão debater, na sexta-feira, em Coimbra, projectos de investigação em curso na área da prevenção e combate a incêndios florestais e “novos caminhos de investigação” nesta temática, anunciou hoje a Universidade de Coimbra (UC).
Resultados de “18 projectos de investigação em curso na área da prevenção e combate a incêndios florestais”, financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), vão ser apresentados na Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC) durante o “primeiro workshop sobre investigação científica e desenvolvimento tecnológico na área da prevenção e combate a incêndios florestais”.
O encontro pretende “maximizar os resultados dos projectos em curso e promover sinergias entre os vários grupos de investigação a trabalhar nesta área”, afirma a UC, numa nota enviada hoje à agência Lusa.
Um dos projectos – FIRESTORM – está a estudar “a dinâmica dos grandes incêndios florestais, nomeadamente as condições associadas a eventos extremos em incêndios florestais, com o objectivo de melhorar a compreensão do seu comportamento e evolução, e a capacidade de os prever”, refere a UC.
Esta investigação é liderada por Domingos Xavier Viegas, catedrático da FCTUC e coordenador da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), e tem como parceiros o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a Universidade de Aveiro e o Instituto de Engenharia Mecânica do Instituto Superior Técnico (IST), de Lisboa.
Liderado por uma equipa do Instituto de Sistemas e Robótica do IST, o FIREFRONT, que tem como parceiros o Instituto de Telecomunicações, a ADAI, a Força Aérea Portuguesa, a empresa UAVision e o Aeroclube de Torres Vedras, é outro dos projectos a ser apresentado.
No âmbito daquele estudo, está ser desenvolvida “uma solução de apoio ao combate a fogos florestais através da detecção e seguimento em tempo real das frentes de incêndio e eventuais reacendimentos”, com recurso, designadamente, a veículos aéreos tripulados e a drones.
Destaque também para o McFIRE, projecto que, tendo por base o modelo usado para o cálculo do Índice Meteorológico de Risco de Incêndio, visa desenvolver um modelo de previsão do risco de incêndio face à nova realidade climática.
Coordenado por Jorge Raposo, da ADAI, o McFIRE conta com a participação da Universidade do Algarve e dos institutos politécnicos de Viana do Castelo e de Viseu.
Após um ano de execução dos projectos cujos concursos foram lançados em 2017, Domingos Xavier Viegas, um dos organizadores do ‘workshop’, entende que “é importante iniciar um ciclo de eventos” que permita “discutir assuntos de interesse comum”.
Em particular, sustenta o investigador, citado pela UC, é necessário “pensar em formas de colaboração para maximizar quer os resultados dos projectos, quer os serviços” que possam ser prestados à comunidade.
Nos dois concursos (em 2017 e 2018) promovidos pela FCT, verifica-se que “há muita complementaridade entre os vários projectos de investigação”, por isso, acrescenta Domingos Xavier Viegas, se propõe que “haja aproveitamento de recursos e de conhecimentos e partilha de informação entre os investigadores”, para que possa haver “continuidade nos financiamentos, mas com equipas e projectos mais robustos”.
O catedrático da FCTUC realça ainda que se pretende identificar “os grandes problemas” e onde “há capacidade para explorar e trabalhar, para, posteriormente, se desenvolver projectos de maior dimensão”.
No fundo, sintetiza, procura-se, de algum modo, “ajudar a FCT a encontrar novos caminhos de investigação na temática dos incêndios florestais”.
LUSA
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