A Equipa de Intervenção Directa (EID), criada há cinco anos em Condeixa, vai contar em breve com uma Unidade Móvel de Saúde, ou seja, uma viatura devidamente apetrechada para as necessidades do serviço prestado, adiantou ao TERRAS DE SICÓ a vereadora do pelouro da Acção Social, Liliana Pimentel.
Trata-se de um investimento de 50.000 euros, financiado na totalidade por fundos comunitários, dando corpo a um projecto-piloto realizado no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, que vai igualmente contemplar Montemor-o-Velho,
O projecto da EID teve início em Março de 2015, através do Serviço de Acção Social e Saúde da Câmara de Condeixa e em parceira com a rede CLDS do concelho. Trata-se de uma equipa multidisciplinar assente numa parceria municipal activa, de forma a disponibilizar uma resposta descentralizada e de proximidade à população residente em freguesias periféricas e com maior isolamento sociogeográfico.
A EID diagnostica casos que carecem de intervenção e disponibiliza serviços descentralizados nas áreas da acção social, cuidados de saúde primários, melhoramento habitacional, além de atenuar necessidades básicas de alimentação, saúde e higiene e minimizar situações de isolamento, promovendo a reintegração social.
Até agora, as deslocações da EID realizavam-se apenas às quintas-feiras e numa viatura cedida pelos Bombeiros Voluntários, mas a entrada em funcionamento, até Fevereiro, da nova unidade móvel de saúde “vai permitir sair mais vezes, possibilita ter o serviço mais do que uma vez por semana, que é um dos pedidos da população”, refere a autarca.
Trabalho de equipa
No âmbito do apoio social à população do concelho, Liliana Pimentel faz um balanço “muito positivo” do trabalho realizado, salientando a “grande articulação entre a câmara municipal e as entidades da Rede Social, que são as IPSS, com quem articulamos diariamente, mas também todas as associações culturais, desportivas e recreativas, que funcionam igualmente neste tipo de acções”.
Para a autarca, “se tivesse que expressar em poucas palavras o que tem sido a acção social concelhia diria: um trabalho verdadeiramente de equipa”. E “apenas assim tem sido possível colmatar os problemas e as situações existentes”, realça.
A vice-presidente da autarquia considera “urgente” o reinício da acção do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS), a aguardar por indicações do ministério da tutela.
Em 2019, a Loja Social apoiou um universo de 462 famílias, num total de 820 beneficiários, que receberam apoio ao nível de géneros alimentares, roupa e calçado.
No âmbito do Programa de Emergência Social, dirigido a famílias residentes no concelho em situação de carência socio-económica e que disponibiliza apoios económicos, de carácter pontual, quando se verifique insuficiência de rendimentos, no ano passado, até Outubro, foram deferidos 147 pedidos de apoio, dos 150 efectuados.
Também em 2019, o Programa ABEM: Rede Solidária do Medicamento, protocolado entre a autarquia e a Associação Dignitude, permitiu apoiar mais de 90 munícipes com dificuldade no acesso a medicamentos por se encontrarem em situação de vulnerabilidade socio-económica.
O serviço de tele-assistência permitiu colocar mais de duas dezenas de aparelhos no domicílio de pessoas idosas ou com incapacidade, enquanto nos meses de Junho e Julho passado, 750 seniores participaram na iniciativa “Passeios de Verão” e cerca de 15 crianças, pertencentes a agregados familiares económicos e socialmente mais desfavorecidos, participaram numa colónia de férias.
Ainda na vertente social, o programa de apoio a munícipes com carência económica, que visa a bonificação de tarifários especiais no abastecimento público de água, saneamento e lixo beneficiou perto de 300 famílias.
No âmbito da acção do Gabinete de Inserção Profissional, mais uma centena de candidatos conseguiu trabalho, perto de 70 foram encaminhados para medidas activas de emprego e dezena e meia tiveram orientação para a criação do próprio negócio.
Liliana Pimentel, que este mês deixa a presidência da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Condeixa, por atingir o tempo máximo no cargo permitido por lei, refere que aquela instituição apresentou em 2019 um aumento do volume processual para quase uma centena de casos, sendo as problemáticas dominantes a exposição a violência doméstica e a negligência.
LUÍS CARLOS MELO
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