A sociedade actual está cada vez mais dividida em jovens versus velhos, com estes em maior número, devido ao aumento da esperança de vida e á diminuição da natalidade.
Tal situação leva os sistemas democráticos e as sociedades liberais actuais a serem, em grande medida, o reflexo de interesses e de mentalidades com aversão à mudança. Veja-se o exemplo do Brexit, onde a maioria que o votou foi aquela cujas idades ultrapassavam os sessenta anos, porque receavam a perda de privilégios, embora justamente adquiridos, apesar, de acordo com diversos estudos, o Brexit ser altamente negativo para a maioria dos Cidadãos e futuro do Reino Unido. Consequências que os jovens vão pagar, sem terem tido qualquer intervenção na decisão, ao contrário do que deseja o movimento criado por Greta Thunberg para impedir a degradação do clima.
Movimento que não quer deixar somente as decisões para os mais velhos, mas também, e essencialmente, para aquelas e aqueles que estão na flor da idade e que correm o risco de viver muitos anos num planeta intoxicado. E se este movimento tem sido organizado, defendido e desenvolvido pelas jovens e pelos jovens, por que razão não lhes dar o direito de votar. Dirão alguns que com 16 anos não há maturidade suficiente para o exercício de um direito tão relevante e de tanta responsabilidade. Eu contraponho, que se um cidadão com 90 anos, um doente com Alzheimer e um analfabeto podem, e bem, votar, por que não o pode também fazer um jovem com 16 anos, em muitos casos com o 9.º ano ou mais.
Para mim, a principal razão é não existir vontade política dos Parlamentos para aprovarem leis que o permitam.
Por isso, as juventudes dos diversos partidos devem organizar-se e pressionar os deputados, a nível mundial, para que aprovem leis que permitam que os jovens sejam eleitos, pois só assim podem escolher e determinar o seu futuro, em vez de serem os mais velhos a fazê-lo.
Se o futuro pertence aos jovens, então dêem-lhes o poder para o planear e controlar, porque só assim se pode deixar de dar razão ao que Einstein afirmou: “O mundo é um lugar perigoso, não por causa dos maus, mas sim porque os bons não fazem nada para o contrariar”.
Jovens do Mundo, uni-vos.
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