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Condeixa junta-se a Coimbra e Mealhada na gestão da água

25 de Janeiro 2020

Condeixa vai agregar-se com Coimbra e Mealhada na criação de uma empresa intermunicipal para gestão do fornecimento de água em baixa, devendo o processo, que já se arrasta há algum tempo, ficar concluído este ano.

Face à legislação em vigor, os sistemas intermunicipais são considerados essenciais para a obtenção de fundos comunitários tendentes à realização de investimentos nos sectores da água, saneamento e resíduos.

Os estudos técnicos efectuados incluíram inicialmente também Penacova, mas aquele município optou depois por integrar a APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior, que agrega 11 concelhos da região (entre eles Alvaiázere, Ansião e Penela) e entrou em funcionamento no início deste ano.

O presidente da Câmara de Condeixa, Nuno Moita, elege o “ganho de escala” como uma das maiores vantagens da agregação, permitindo assim “esbater e diminuir os custos associados ao fornecimento de água”, lembrando que “quase todos os sistemas de água são deficitários do ponto de vista da recuperação de custos”.

“Outra das vantagens é a possibilidade de podermos recorrer a fundos comunitários, que neste momento para quem não está numa empresa intermunicipal de fornecimento de água em baixa é de acesso muito limitada, as hipóteses de sucesso das candidaturas são diminutas”, salienta o autarca.

O facto de a agregação incluir a empresa municipal Águas de Coimbra, que gere o sistema no concelho conimbricense, merece também alusão do edil de Condeixa, por se tratar de “uma empresa de referência no fornecimento de água, pela qualidade que apresenta e pelas boas práticas de gestão”. “O nosso desejo é juntarmo-nos a uma empresa que traga mais qualidade, mais capacidade de gestão e mais obra ao fornecimento de água”, realça.

Em curso estão os estudos económico-financeiros para de seguida avançar a negociação dos termos da nova sociedade intermunicipal, na qual Coimbra deverá ter a maioria do capital devido ao elevado número de clientes em comparação com os restantes parceiros.

Condeixa tem vindo ao longo dos últimos anos a actualizar o tarifário de água, aproximando-o das recomendações da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, quanto à sustentabilidade financeira do sistema, e por isso Nuno Moita não antevê alterações significativas nas tarifas quando a gestão passar para a nova empresa a criar. “A haver mexidas, no caso de Condeixa é para baixar”, salienta.

 

Rede envelhecida

Sem empresa intermunicipal e, por isso, com acesso dificultado a fundos comunitários, a autarquia condeixense recorreu a um empréstimo bancário para financiar o início de uma intervenção “mais urgente” necessária na rede que abastece a vila. “Precisamos no curto prazo de mais meio milhão de euros de investimento na rede”, adianta Nuno Moita, sublinhando “o desgaste e envelhecimento” da mesma, potenciadores de significativas “perdas de água”.

O autarca refere que as obras na rede do resto do concelho surgirão já vigência da nova empresa, com os fundamentais apoios comunitários, que permitirão além dos investimentos na substituição de condutas, a introdução de sistemas de telegestão mais eficientes visando a diminuição daquelas “perdas”.

Para já, e ao contrário de outras agregações similares na região, apenas o sector da água entrará no objecto da futura empresa, com  Nuno Moita a evidenciar os investimentos recentes “de quase 2,5 milhões de euros” efectuados pela Câmara de Condeixa na rede de saneamento básico em vários locais do concelho. Um “investimento forte” que permite já uma taxa de cobertura de “perto de 95%”.

LUÍS CARLOS MELO


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