O edifício central do Seminário Maior de Coimbra vai ser objecto de obras de requalificação no valor de 4,6 milhões de euros, sem qualquer apoio externo à Diocese, informou hoje o reitor, padre Nuno Santos.
A empreitada de requalificação é adjudicada hoje à tarde e o edifício do século XVIII (começou a ser construído há 271 anos) – que deve ser classificado como monumento nacional a breve prazo – vai ficar dotado, no segundo piso, com 90 camas distribuídas por 44 quartos com casa de banho privativa, dirigidos a acolher peregrinos, grupos em retiro ou em turismo espiritual.
No primeiro piso, 25 outros quartos, maiores e com escritório, vão servir para acolher uma comunidade permanente, constituída, nomeadamente, por sacerdotes ou seminaristas que estão em processo de conclusão de teses.
No rés-do-chão, será mantida a “vocação” actual, com igreja, refeitório, escolas de música sacra, e no piso inferior capela, salas de conferências e salas de reuniões.
Paralelamente, o antigo edifício da gráfica vai ser concessionado a um privado para a instalação de um lar de terceira idade.
A concessão, por 29 anos, permitirá ao Seminário receber cerca de três milhões de euros, verba que suportará parte do investimento programado para o edifício central.
Com oito seminaristas – seis dos quais ainda no Porto, a estudar Teologia -, o Seminário de Coimbra pode beneficiar em termos vocacionais “de todo este dinamismo” em torno da recuperação do edifício, acredita o padre Nuno Santos.
Desejando que seja, “sobretudo, um lugar de espiritualidade”, e apesar de reconhecer que “não vai funcionar naquele sentido tradicional de acolher os seus seminaristas”, porque o curso de Teologia está dividido pelas cidades de Lisboa, Porto e Braga, o seminário pode ser “um oásis de silêncio, de paz, de espiritualidade, de encontro de Deus no meio de uma cidade”, disse o reitor à agência Lusa.
A aposta no “turismo espiritual” é, assim, um dos caminhos preconizados para a dinamização do Seminário Maior de Coimbra.
“Que este passo seja muito marcante para a Diocese e uma nova maneira de olhar para os seminários e o património religioso”, desejou o padre Nuno Santos.
Hoje, também, vai ser lançado o livro “Duzentos e setenta um”, para assinalar os 271 anos do lançamento da primeira pedra da construção do edifício, com 34 fotos que mostram o seminário na actualidade e a sua vida quotidiana.
As fotos, da autoria de Hugo Costa Marques, são legendadas por frases escritas por personalidades convidadas.
LUSA
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