Dezassete projectos de inovação social estão em desenvolvimento em 15 municípios do Pinhal Interior, envolvendo 2,4 milhões de euros, no âmbito de um concurso excepcional do Portugal Inovação Social aberto após os incêndios de 2017, foi hoje anunciado.
“Este concurso específico nasceu da intenção do Governo de trazer respostas inovadoras e preventivas para aquele território, mobilizando competências criativas da sociedade civil em conjunto com os municípios”, salientou à agência Lusa o presidente da estrutura de missão Portugal Inovação Social, Filipe Almeida.
Os 17 projectos são desenvolvidos por 26 entidades, maioritariamente instituições particulares de solidariedade social, associações ou misericórdias, sendo apoiados pelo programa em 1,7 milhões de euros.
Os restantes 700 mil euros são financiados pelos municípios, empresas, fundações e outras entidades, explicou Filipe Almeida, na sessão de apresentação que decorreu hoje em Ansião, no distrito de Leiria, com a presença dos secretários de Estado da Valorização do Interior e do Planeamento.
“O concurso tinha inicialmente um montante de um milhão de euros, com 70% de financiamento aos projectos, mas recebemos 29 candidaturas para um total de investimento de 3,6 milhões de euros”, disse o responsável.
Os projectos em fase de execução distribuem-se pelas áreas da Educação, Emprego, Inclusão Social, Protecção Social e Saúde.
“O objectivo é revitalizar o Pinhal Interior, através do combate ao isolamento, criando laços de cidadania, melhorando as condições de saúde, com projectos, todos eles, com elevado potencial para melhorar a qualidade de vida das pessoas e ajudar na fixação de gerações mais jovens”, frisou Filipe Almeida.
Para o presidente da estrutura de missão Portugal Inovação Social, os projectos em curso apresentam “respostas inovadoras e específicas aos problemas e necessidades do território” do Pinhal Interior.
Entre os projectos apresentados, consta a iniciativa “Elos com Futuro”, que pretende implementar uma acção de apoio ao luto nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, os mais afectados pela tragédia dos incêndios florestais de Junho de 2017.
Dinamizado pelas Santas Casas da Misericórdia daqueles concelhos, o projecto tem como objectivo envolver directamente 417 destinatários finais dos três municípios, nomeadamente 255 crianças, jovens e adultos enlutados nas acções de apoio ao luto, através de sessões individuais, presenciais e à distância, de grupos de partilha, e em acções específicas de capacitação para o apoio ao luto.
Outro dos projectos em execução, que abrange os concelhos de Arganil, Castanheira de Pera e Oleiros, designado por “Abrigo e Horta”, consiste na construção de um abrigo e de uma horta para os agricultores de subsistência que perderam as suas hortas nos incêndios, utilizando técnicas tradicionais e respeitando a cultura local.
De acordo com os promotores, serão criados 53 abrigos e hortas (20 em Arganil, 20 em Castanheira de Pera e 13 em Oleiros) ao longo da vigência do projecto desenvolvido pela Associação Causa – Unidos por uma Casa.
LUSA
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