Aproxima-se o novo ano. É o tempo de desejar Boas Festas e formular desejos. Assim, de repente, formulo alguns que julgo importantes para a nossa vida colectiva.

Desejo que os espaços verdes da nossa cidade de Coimbra sejam melhor cuidados. Não sei se para isso é necessário reforçar protocolos entre município e freguesias, mas a cidade será ainda mais especial se cuidarem dos detalhes. Desejo que haja uma estratégia bem definida, pública e transparente para o único parque de empresas que está estruturado, que tem condições para fixar investimento privado e assim contribuir para estancar a fuga de jovens capacitados. Falo do Iparque que continua parcialmente às moscas como se não fosse de ninguém.

Desejo que a CIM de Coimbra assuma as suas responsabilidades no que concerne ao desenvolvimento do território e seja um verdadeiro pólo político no interesse das empresas e dos assuntos estratégicos da região. Desejo que a Académica se restabeleça enquanto organização e não sendo possível subir de divisão, que ganhe condições para o poder ambicionar fazer na próxima época. Desejo que a economia portuguesa possa fazer o seu caminho, de modo a que Portugal cresça, pelo menos, tanto como os demais países que recebem fundos de coesão.

Desejo que o Governo deixe de governar só para as clientelas e se foque nos cidadãos, sem estar aprisionado a ideologias bacocas e passadistas. Desejo que quem tem responsabilidades na análise de candidaturas de muitas centenas de pequenas empresas, o faça mais rapidamente, impedindo que algumas delas fechem porque os seus planos de tesouraria não contavam com tantos atrasos nos pagamentos. Desejo que os directórios dos partidos políticos se qualifiquem. Desejo que as empresas da região cresçam e ganhem a importância  que já possuem noutras partes de Portugal. Sem boas empresas, os nossos filhos e netos não vão ficar por cá e Coimbra tem tudo para lhes dar a qualidade de vida que eles desejam.

Desejo também que os políticos trabalhem mais e deixem de vez a ideia da regionalização que, obviamente, não servirá para coisa nenhuma. Desejo que o Governo perceba que desenvolver o interior não é trazer charters de pessoas, mas sim, criar condições de valorização dos seus principais activos rurais, patrimoniais,  culturais e gastronómicos. Desejo que tenham essa ambição e sabedoria. Desejo que não haja isso de interior. Desejo que mais jovens estudem mais e se qualifiquem para poderem fazer escolhas nas suas vidas.

Desejo que a saúde tenha o seu desígnio nas pessoas e não na ideologia de um qualquer ministro temporário. Desejo, finalmente, muita saúde para todos e um Feliz Natal.