A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ansião (AHBVA) já liquidou todas as despesas decorrentes da ampliação e renovação do quartel, que foi inaugurado no ano passado. O anúncio foi feito pelo presidente da direcção, Rui Rocha, na sessão solene comemorativa do 62.º aniversário daquela “colectividade única no concelho”, que decorreu no passado dia 15 de Dezembro.
“Conseguimos o ano passado a execução física e conseguimos, no decurso deste ano de 2019, liquidar todas as despesas decorrentes desta relevante requalificação”, revelou Rui Rocha, recordando que esta era uma “ambição de décadas”, que “começou a concretizar-se em finais de 2014, com a aquisição do terreno, e que na sua globalidade envolveu um valor muito próximo dos 900.000 euros, com financiamento comunitário na ordem dos 405.000 euros, sendo o restante proveniente do Município de Ansião e dos nossos amigos e beneméritos”.
Ultrapassado e concretizado este objectivo, “no próximo ano vamos entrar numa nova fase da vida da nossa Associação”, salientou aquele dirigente, adiantando que para tal foi aprovado a 6 de Dezembro um “orçamento para 2020 que ultrapassa os 713.000 euros”.
Nesta nova fase mantêm-se as “tantas preocupações, e legitimas reivindicações, dos Bombeiros de Portugal que continuam por resolver”, lamentou Rui Rocha, referindo-se por exemplo à necessidade de atribuição de benefícios sociais aos soldados da paz, que são diferentes de concelho para concelho, dependendo da “sensibilidade” de cada executivo camarário.
E também aqui Ansião vai dar mais um passo. Afinal, a Câmara Municipal vai criar um regulamento de concessão de apoios sociais aos bombeiros voluntários do concelho, tendo já iniciado o procedimento que espera aprovar na reunião de Assembleia Municipal do próximo mês de Fevereiro, revelou no decorrer da cerimónia o presidente da autarquia, António José Domingues.
O município de Ansião está “particularmente empenhado” em “elaborar, discutir e fazer aprovar um regulamento de concessão de apoios sociais aos bombeiros voluntários do concelho”, que “premeie e reforce o incentivo ao voluntariado”, revelou o autarca, salientando que a abertura do procedimento de elaboração deste regulamento já foi aprovada na reunião camarária de 2 de Dezembro.
O próximo passo será “ouvir e recolher os contributos de todos os interessados, numa estreita colaboração com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ansião”, adiantou o edil, esperando “discutir e aprovar este regulamento de apoios sociais aos bombeiros e bombeiras de Ansião” na próxima Assembleia Municipal de Fevereiro.
Estes benefícios sociais a atribuir aos soldados da paz vêm no seguimento do reforço de financiamento para a Associação Humanitária que, desde a tomada de posse deste executivo, tem vindo sempre a aumentar, realçou António José Domingues, salientando que a soma das transferências de 2018, 2019 e 2020 totalizam 407.000 euros.
Por sua vez, o comandante da corporação, Neves Marques, advertiu que “não é fácil substituir este tipo socorro por outro ou por outros”, pelo que apelou a “acabar com as ideias loucas de organizar o socorro em Portugal remotamente e à distância sem conhecer o território nacional, especialmente as regiões do interior”. Para Neves Marques, “deve-se investir cada vez mais nestas organizações” e “entregar aos comandos dos corpos de bombeiros a formação de ingresso e a progressão na carreira de bombeiro voluntário, bem como toda a gestão dos respectivos quadros”.
CARINA GONÇALVES
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