O executivo da Câmara de Coimbra aprovou ontem, por unanimidade, a constituição de uma equipa de projecto para a elaboração de um programa municipal para as alterações climáticas.
Com esta decisão, a Câmara pretende “elaborar um documento que enquadre e monitorize as acções que já têm sido implementadas e que trace o rumo para o combate às alterações climáticas e para o desenvolvimento sustentável, tendo em conta a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas e em linha com o Acordo de Paris, aprovado pela ONU”, lê-se na proposta hoje aprovada pelo executivo municipal.
O “programa municipal para as alterações climáticas” deve “enquadrar e monitorizar as acções em curso”, preconiza a Câmara presidida pelo socialista Manuel Machado.
Entre as acções em curso, neste âmbito, a autarquia refere o desassoreamento do leito do rio Mondego, a construção da ciclovia entre Coimbra B, Vale das Flores e Portela, a aquisição de dez autocarros 100% eléctricos para reforçar a frota dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), o lançamento de um concurso para a aquisição de mais 14 autocarros 100% eléctricos e empreitadas de reabilitação energética, designadamente dos bairros municipais do Ingote, da Rosa e da Conchada, entre outras.
O documento deve também definir “o rumo para o combate às alterações climáticas e ao desenvolvimento sustentável, propondo acções a desenvolver nos domínios e temáticas, por exemplo, da energia, da floresta, da agricultura e dos transportes, tendo em conta a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, definida pelo Governo, e em linha com o Acordo de Paris, aprovado pela ONU”.
A equipa responsável pelo projecto será coordenada pelo biólogo e técnico superior da Câmara de Coimbra João Pardal, especialista em gestão ambiental, materiais e valorização dos resíduos, energia, riscos naturais, tecnológicos e industriais, antigo vereador da Câmara de Coimbra e ex-presidente da freguesia de Souselas e Botão (Coimbra), eleito pelo PSD.
Entrando em funções em Janeiro, a equipa, que deverá apresentar o relatório final do projecto até Dezembro de 2020, será ainda composta por técnicos das áreas do planeamento e estudos estratégicos, espaço público, mobilidade e trânsito, edifícios e equipamentos municipais, educação, juventude e desporto e protecção civil, entre outras.
Embora a formação do grupo de trabalho e escolha de João Pardal para seu coordenador tenha merecido o aplauso dos eleitos da Câmara de Coimbra, os vereadores do PSD Madalena Abreu e Paulo Leitão apelaram para que esta medida “não sirva [de pretexto] para a Câmara fazer pouco ou quase nada” neste âmbito, mas, pelo contrário, contribua, por exemplo, para compensar o abate de árvores que a Câmara tem feito na cidade.
O vereador do movimento Somos Coimbra (SC) José Manuel Silva defendeu que a comissão integre também um jurista e representantes do Instituto Politécnico e da Universidade de Coimbra.
LUSA
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