O comandante dos Bombeiros Voluntários de Soure defendeu ontem, na comemoração dos 129 anos daquela associação humanitária, que se estude a possibilidade da criação de uma segunda Equipa de Intervenção Permanente (EIP) na corporação.
Segundo João Paulo Contente, uma EIP entrou em funções no início deste ano, “financiada a 100% pelo Município, e tem sido fundamental para o sucesso das nossas missões diárias”.
“O número de ocorrências justifica equacionar a criação de uma segunda equipa. Estas equipas reforçam e melhoram a capacidade de socorro em múltiplas valências das nossas populações”, salientou o comandante.
João Paulo Contente reafirmou ainda a aposta na formação, “na aquisição e melhoramento dos equipamentos de protecção individual e também na renovação da frota na área da saúde”, anotando estar em curso o processo tendente à aquisição de duas ambulâncias de transporte de doentes não-urgentes.
No decorrer das comemorações foram empossados os novos elementos de comando – o segundo comandante António Rui Costa e o adjunto de comando Jorge Carvalho – e agraciados mais de duas dezenas de bombeiros com as habituais medalhas de dedicação por “bom e efectivo serviço”. Um dos pontos altos da tarde foi o momento da passagem ao “quadro de honra” do carismático bombeiro de 1.ª classe José Maria Jesus Ribeiro, após mais de três décadas ao serviço da corporação.
Enquanto o líder da assembleia-geral da associação, João Gouveia, realçou a “história de mérito” da corporação, que “fala por si quanto aos serviços prestados”, o presidente da direcção, José Manuel Bernardes, assinalou que o percurso de 129 anos da associação constitui “uma travessia com altos e baixos, no entanto sempre ultrapassados com a ajuda de muitos que sempre se disponibilizaram a colaborar”.
O dirigente realçou ainda o papel do presidente da Câmara, Mário Jorge Nunes, que “tudo tem feito para manter o Corpo de Bombeiros Voluntários de Soure em prontidão, com eficácia e capacidade de resposta nas várias áreas da Protecção Civil, dando continuidade às políticas que o Município vinha fazendo”.
Secundado por João Paulo Contente, José Manuel Bernardes deixou ainda a sugestão para que nas comemorações de 2020, “130 anos, um número redondo”, seja erguido um monumento ao bombeiro, “iniciativa que com certeza elevaria o ego dos nossos bombeiros”.
Já o presidente da autarquia, Mário Jorge Nunes, destacou o reforço financeiro dos últimos anos no apoio à corporação, lembrando que o envelope financeiro municipal era em 2014 de 119.000 euros e este ano ascende a mais de 227.000 euros.
O edil sustentou ainda que para 2020 estão programadas verbas do orçamento municipal que a autarquia considera “suficientes para, não havendo nenhum grande azar, poderem ir colmatando as principais necessidades da associação”.
Mário Jorge Nunes anunciou ainda um financiamento municipal de 70%, “a pagar de imediato”, para a aquisição em curso das duas novas ambulâncias e um apoio para as obras de reparação das instalações da Secção da Granja do Ulmeiro, afectadas há mais de um ano pela passagem da tempestade ‘Leslie’ e ainda a aguardar resposta governamental à candidatura a verbas do fundo de emergência municipal.
“O Município não vai baixar, antes pelo contrário, o apoio com recursos financeiros aos Bombeiros de Soure”, assegurou o autarca.
Na sua intervenção, Carlos Luís Tavares, o sourense que exerce o cargo de comandante distrital de operações de socorro de Coimbra, enfatizou a “união e a cooperação institucional” entre todos os agentes da protecção civil do distrito, considerando-as cruciais “para enfrentar os desafios que nos colocarão no futuro”. “Refiro-me, concretamente, às alterações climáticas, que provocarão fenómenos que tenderão a ser cada vez mais frequentes e mais severos, necessitando por isso do envolvimento de todos nas acções de gestão de risco”, sublinhou.
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