O presidente da direcção da Associação Empresarial de Ansião (AEDA), Hugo Bairrada, espera que a ampliação do Parque Empresarial do Camporês e a possível abertura de novos incentivos no âmbito do Portugal 2020 fomentem o aparecimento de novas empresas no concelho, projectando o investimento e desenvolvimento do território.
“Ultrapassada a crise que levou à falência ou fecho de algumas empresas e ao reajustamento em termos de dimensão de outras, o sector empresarial do concelho está a passar por uma fase de estagnação”, disse ao TERRAS DE SICÓ Hugo Bairrada, salientando que “não há muitas empresas novas em Ansião”.
Todavia, “têm vindo a surgir novas actividades, nomeadamente projectos de investimento relacionados com o turismo rural, que também apoiamos”, disse aquele dirigente, adiantando que os promotores são “desempregados, reformados ou pessoas empregadas que conciliam esta actividade com outra”.
“Mas indústrias propriamente ditas não”, disse, reiterando que “não temos assistido à entrada de novas empresas do sector industrial”. “Mas estamos na expectativa da ampliação do Parque Industrial do Camporês e, portanto, vamos esperar que este projecto possa cativar novos investimentos para o nosso concelho”, até porque “continuo a acreditar que o emprego é um dos principais factores de fixação de pessoas”.
Por isso, apesar de considerar que “Ansião é um território muito interessante do ponto de vista social, cultural e turístico”, Hugo Bairrada não tem dúvidas que “sem emprego as pessoas não se fixam”.
E esta deverá ser uma fase passageira, acredita aquele responsável, argumentando que “apesar do sector empresarial estar mais ou menos estagnado, a tendência será de crescimento”, sobretudo “quando forem disponibilizados os lotes resultantes da ampliação do Parque Empresarial do Camporês e surgirem novos incentivos no âmbito do Portugal 2020”.
Aproveitar os fundos comunitários
Também na AEDA “pretendemos continuar a fazer uma boa utilização do Portugal 2020, à semelhança do que temos vindo a fazer”, continuou aquele responsável, salientando que “terminámos recentemente três projectos de formação-acção, num valor superior a meio milhão de euros de fundos comunitários”.
“Neste momento, temos aprovadas duas candidaturas para formações modelares, que vamos iniciar no final deste ano ou início de 2020”, destinadas a colaboradores das empresas associadas da AEDA.
Ainda no que se refere ao Portugal 2020, a Associação Empresarial tem apoiado as empresas, tendo vindo a registar “uma grande procura”, porém “não temos grandes respostas porque no quadro comunitário não há avisos a abrir”. Por isso, “estamos um bocadinho reticentes e, apesar de não termos grandes certezas, estamos na expectativa de que 2020 possa ser um grande ano nesse sentido”, ou seja, “possam surgir incentivos para pequenas empresas e pequenos investimentos”.
Além do apoio às empresas, a AEDA pretende continuar a promover um conjunto de actividades ao longo do ano. Afinal, “o nosso principal foco é apoiar as actividades, os serviços, as indústrias e os comércios locais”.
“Por isso, vamos continuar a organizar as noites brancas, o desfile de moda, a programação de Natal e tentar criar um espírito inter-empresarial com actividades que permitam juntar os trabalhadores em ambientes fora do trabalho”, traçou Hugo Bairrada.
Neste sentido, na época natalícia que se aproxima, “vamos organizar novamente o concurso de montras e presépios”, revelou, realçando que, “embora seja uma iniciativa repetida, achamos que não está esgotada” e ajuda a “dinamizar o comércio local”. É também com o mesmo propósito que o comboio de Natal volta, este ano, a percorrer as ruas do concelho de Ansião, numa iniciativa promovida pelo Município em parceria com a AEDA.
CARINA GONÇALVES
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