Penela quer criar um pólo empresarial para o sector do Ambiente, tendo a autarquia já sinalizado a desactivada pedreira da Preguilha, na freguesia da Cumeeira, para centro do projecto.

“O que pretendemos é aproveitar um espaço que está devoluto para criar um hub especializado ligado à indústria do Ambiente, espaço que pretende captar investimento e negócios na área do Ambiente ao mesmo tempo que seja um exemplo de recuperação do passivo ambiental. É um projecto de futuro que é importante ser pensado”, refere o presidente da Câmara, Luís Matias.

“No âmbito do processo de revisão do Plano Director Municipal, estamos a fazer a alteração para que a área deixe de estar classificada como de extracção de inertes e passe a localização de empresas e negócios associados ao sector do Ambiente”, explica o autarca.

Segundo Luís Matias, o programa de recuperação da pedreira já foi apresentado à Secretaria de Estado do Ambiente. “Queremos que seja um exemplo de como se pode recuperar um passivo ambiental para o transformar numa oportunidade. O negócio do Ambiente é hoje um negócio de nova geração. A economia verde, a economia azul e a economia cinzenta associada à remuneração dos serviços ambientais e de ecossistema são uma oportunidade para estes territórios”, enfatiza o presidente da Câmara de Penela.

A propriedade da pedreira da Preguilha pertence a privados. “O que estamos a fazer é permitir que uma área à qual reconhecemos potencial, seja do ponto de vista de localização, seja das condições que tem para actividades ligadas ao ambiente, se possa assumir como um espaço que venha a acolher negócios associadas à economia circular e ambiental”, defende Luís Matias, sem conseguir adiantar prazos para a execução do projecto.

Recorde-se que também na área do Ambiente, Penela concluiu no início deste ano o primeiro ‘Laboratório Rios’ da região, na ribeira da Azenha, no Espinhal, utilizando diversas técnicas de engenharia natural de consolidação e estabilização das margens fluviais. Tratou-se de um projecto englobado no âmbito das intervenções prioritárias de protecção dos recursos hídricos devido aos incêndios florestais ocorridos em 2017, e no qual o município reabilitou cerca de 20 quilómetros de linhas de água, em operações de limpeza e valorização dos recursos existentes.