A Concelhia de Pombal de PSD digeriu mal a exclusão de Pedro Pimpão da lista de candidatos pelo círculo de Leiria às próximas eleições legislativas e diz “repudiar veementemente o tratamento dado” pela direcção nacional do partido.
“Num território em que os resultados favoráveis ao PSD estão à vista em cada acto eleitoral, com autarquia liderada pelo PSD desde 1992, com uma capacidade de mobilização que tem sido evidente em cada momento e com a formação de excelentes quadros políticos, não podemos de deixar de demonstrar a nossa indignação pela forma como o concelho de Pombal foi tratado neste processo”, referido um comunicado saído da reunião daquela estrutura local..
A Comissão Política de Secção (CPS) refere que “indicou, desde o primeiro momento, o nome de Pedro Pimpão, apostando firmemente na sua continuidade como deputado, reconhecendo o trabalho desenvolvido e a capacidade de mobilização que lhe é característica”.
“Pedro Pimpão integrou pela primeira vez a Assembleia da República em 2011, altura que era também vereador na Câmara Municipal de Pombal. São dois mandatos marcados pelo trabalho afincado e pela assiduidade, numa capacidade ímpar de conciliar as suas diversas participações, às quais juntou, nos últimos dois anos, o cargo de presidente da Junta de Freguesia de Pombal. Esteve sempre presente, principalmente nos momentos mais difíceis da população do distrito de Leiria, procurando apoiar e encontrar soluções. De destacar o facto de, neste mandato, ter sido também coordenador do Grupo Parlamentar do PSD na Comissão de Educação e Ciência”, salienta a mesma nota, explicando que “volvidos oito anos de trabalho parlamentar, Pedro Pimpão pretendia retomar a sua vida em Pombal, deixando a Assembleia da República, intenção que transmitiu ao partido”.
A estrutura laranja elucida que ”ainda assim, a concelhia do PSD Pombal pediu-lhe que mais uma vez estivesse disponível para ser indicação de Pombal à lista a apresentar pelo PSD ao círculo eleitoral de Leiria. Esta opção baseia-se no seu trabalho, na avassaladora receptividade na sociedade civil, no partido, em Pombal e no distrito, reunindo condições para ser um nome inquestionável e claramente elegível (em 2015 foi em 3.º lugar na lista, nada justificaria que não mantivesse pelo menos esse lugar)”.
“Perante a unanimidade demonstrada pelos militantes do PSD Pombal, Pedro Pimpão aceitou o repto de continuar a servir Pombal, Leiria e Portugal enquanto deputado da nação”, confirma a concelhia, revelando que a Distrital leiriense, presidida por Rui Rocha, entretanto demissionário, assumiu que “Pedro Pimpão iria na 3.ª posição da lista, numa demonstração de vontade que veio a ser contrariada, incompreensivelmente, pela nacional do PSD”.
“O ‘único para-quedista’ das listas a nível nacional, como foi apelidado pelo secretário-geral do PSD, relegou o candidato de Pombal para uma posição que a CPS de Pombal não poderia aceitar, dado estar perante uma desconsideração pelo mérito do candidato e pelas opções políticas das estruturas concelhia e distrital”, sublinha o comunicado.
O PSD de Pombal “reforça o seu agradecimento por tudo o que o Pedro Pimpão tem dado” ao partido e à política, “muitas vezes em sacrifício da sua vida pessoal e profissional, mas sempre com um sentido de missão e um envolvimento incansável nos mais variados projectos”.
“Não obstante esta desconsideração, Pombal continuará a ser um exemplo de como fazer política com ética, rigor e convicção, sempre a pensar no melhor para as pessoas. A concelhia de Pombal continuará a contribuir para que o PSD conquiste os melhores resultados em todas as eleições, reafirmando o seu apoio à cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral de Leiria, Margarida Balseiro Lopes”, conclui a nota saída da reunião laranja.
Recorde-se que ontem o presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Leiria; Rui Rocha se demitiu deste cargo e de vogal da Comissão Política Nacional por discordar da lista às eleições legislativas.
Segundo explicou à agência Lusa, a demissão é consequência do processo de elaboração de listas de candidatos à Assembleia da República nas eleições legislativas de 6 de Outubro.
“Entendo que o processo não foi bem conduzido e que foi uma desconsideração para com o PSD de Leiria, sendo que o resultado final da lista não representa a proposta da Comissão Política Distrital de Leiria”, adiantou.
Rui Rocha considerou que a lista aprovada deixa o PSD “bastante condicionado” pelas duas propostas nacionais: Margarida Balseiro Lopes, presidente da JSD, e Pedro Roque, secretário-geral dos Trabalhadores Sociais-Democratas.
Segundo o ex-autarca de Ansião, “esta lista não é favorável ao distrito. É uma desconsideração grave por tudo o que o PSD Leiria tem feito pelo PSD nacional, independentemente de quem é o seu líder”.
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