O presidente da Câmara Municipal de Pombal, Diogo Mateus, reafirmou “disponibilidade e interesse” em criar no concelho uma central de biomassa, tal como já tinha manifestado ao Governo, em Janeiro de 2018.
“Tendo em conta a aposta na valorização da nossa floresta, que ocupa mais de metade do nosso território, assume especial relevância a criação em Pombal de uma central de biomassa, que foi já manifestada ao Governo, em Janeiro de 2018”, salientou o autarca, adiantando que “aguardamos até hoje por uma resposta”.
Paralelamente a este projecto, o município quer “implementar acções que nos tornem mais resilientes a fenómenos climatéricos extremos”. “É por isso importante que se construa a Bacia de Retenção da Cidade de Pombal”, cujo projecto de execução foi analisado com a APA na semana passada, adiantou o edil, convicto de que a concretização desta obra “permite-nos preparar a cidade para cenários de pluviosidade extrema, e evitar, assim, a ocorrência de cheias”. Todavia, “este é um investimento avultado, mas necessário, que dependerá forçosamente de acesso a financiamento comunitário”, realçou, referindo que a previsão aponta para um valor global “superior a 5,3 milhões de euros”.
Neste sentido, Diogo Mateus apelou à intervenção do secretário de Estado do Ambiente para “auxiliar os municípios, como Pombal, no esforço que desenvolvem” com as questões da preservação ambiental, contribuindo para que Portugal possa atingir os compromissos que assumiu com a União Europeia e as Nações Unidas.
“É justo e espectável para Pombal que o esforço que, enquanto comunidade, temos vindo a desenvolver ao longo dos últimos anos (…) seja reconhecido pelo Estado na definição dos próximos quadros comunitários”, afirmou o autarca, recordando que “nos últimos seis anos pouco mais de 20% foi comparticipado no âmbito dos apoios comunitários”, cujo principal objectivo deveria ser “a convergência, nos principais indicadores”.
Todavia, mesmo com uma baixa percentagem de comparticipação, “conseguimos realizar estes investimentos”, continuou o edil, salientando que o próximo quadro comunitário é “a nossa grande e derradeira oportunidade para financiarmos os projectos que faltam concretizar” com vista ao cumprimento dos objectivos que Portugal assumiu perante a União Europeia. Por isso, é “importante” que “não fiquem esquecidas estas nossas justas reivindicações”, realçou Diogo Mateus, solicitando a “intercessão” do governante para que “a programação do 2030, a conclusão do 2020, o Plano Nacional de Investimentos e o Orçamento do Estado possam auxiliar os municípios”.
O secretário de Estado do Ambiente, João Ataíde, reconheceu que “o concelho de Pombal tem feito um trabalho notável na preservação do ambiente” e incitou a “continuar a aposta na política ambiental com o compromisso de todos”. O governante admitiu ainda que “porventura é necessário ajustar as verbas do POSEUR e outras que nos possam ser atribuídas no âmbito dos planos plurianuais da União Europeia” e informou que “agora é a altura de recolher as necessidades de cada concelho e as áreas que requerem optimização”.
CARINA GONÇALVES
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