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Alvaiázere abre em Setembro CAO e lar para portadores de deficiência

2 de Agosto 2019

O Centro de Actividades Ocupacionais (CAO) e Lar Residencial para a área da deficiência da Associação da Casa do Povo de Alvaiázere deverá abrir na segunda quinzena de Setembro, revelou ao TERRAS DE SICÓ a presidente da direcção, Sandra Simões.

“Neste momento, a direcção e as várias entidades envolvidas estão a desenvolver todos os esforços no sentido de poder garantir a abertura das duas valências durante a segunda quinzena de Setembro”, disse Sandra Simões, adiantando que “as obras do CAO e Lar Residencial estão em fase de conclusão, estando em falta pequenos acabamentos interiores e os arranjos exteriores, os quais também já foram iniciados”. Paralelamente, “o edifício está a ser mobilado de acordo com as normas e legislação em vigor”, ao mesmo tempo que se “está a finalizar a instalação de equipamentos e utensílios que dão ao espaço, cada vez mais, um aspecto familiar”.

O Centro de Actividades Ocupacionais para pessoas portadoras de deficiência tem capacidade para 30 utentes e o Lar Residencial para 24, indicou a responsável, salientando que as duas valências “têm capacidade máxima definida e está tudo preparado para poder começar a funcionar de acordo com essa lotação”. “Ainda assim, como qualquer serviço que inicie o seu funcionamento, não prevemos arrancar com a lotação máxima preenchida, sendo previsível que o número de utentes venha a aumentar gradualmente”, advertiu.

 

Nova resposta social no concelho

“Em Alvaiázere, até ao momento, não existia este tipo de resposta social”, realçou Sandra Simões, adiantando que “algumas das pessoas com deficiência e/ou incapacidade com origem no concelho encontram-se inseridas em estruturas de concelhos vizinhos”. Mas, também “existem pessoas que se encontram em casa diariamente, não estando ocupadas nem inseridas em nenhum tipo de resposta”, continuou aquela dirigente, acreditando que, através do funcionamento destas valências, “podemos contribuir para a sua integração social e para a respectiva valorização humana, promovendo um futuro com sentido acrescido”.

Sem resposta na área da deficiência em Alvaiázere, “o objectivo da Associação é priorizar as pessoas residentes no concelho, mas estas valências pretendem ser, à semelhança das suas congéneres, uma resposta para a região, pelo que servirão utentes, previsivelmente, de outros concelhos em que se registe necessidade”.

O edifício, que foi construído de raiz num terreno cedido pela autarquia junto à Unidade de Saúde Familiar, vai albergar esta nova resposta social, que inclui duas vertentes: o CAO e o lar residencial. “O CAO é a valência ocupacional na qual os utentes estarão durante o dia”, por isso esta parte da infra-estrutura dispõe de gabinetes técnicos, secretaria, sala de convívio, salas de actividades, sala snoezelen, ginásio, sala de fisioterapia, cozinha, refeitório, casas de banho e sala de pessoal. Já o lar residencial contempla quartos, casas de banho privativas e comuns, sala de convívio, sala de actividades, refeitório, copa, gabinetes técnicos e sala de pessoal. Além destas áreas, existem espaços comuns, como sendo a lavandaria e armazéns de produtos, uma vez que “o edifício foi concebido para que as duas valências estejam fisicamente interligadas”.

Em termos de recursos humanos, a abertura do CAO e lar vai permitir “criar cerca de 30 postos de trabalho quando estiver a funcionar em pleno”. Todavia, nesta fase inicial “não serão contratualizados a totalidade dos recursos humanos, o que acontecerá, também de forma gradual, de acordo com as necessidades sentidas”. Neste domínio, “a direcção tenciona, ainda, estabelecer parcerias com outras entidades do concelho por forma a rentabilizar recursos, sobretudo de áreas em que não se justifica a contratualização a tempo inteiro, também por forma a criar melhores condições a esses trabalhadores”.

De referir que a obra representou um investimento de 1,3 milhões de euros, sendo financiada em um milhão de euros pela Segurança Social. Com vista a recolher fundos para custear o valor não comparticipado, a Associação da Casa do Povo de Alvaiázere realizou vários eventos, que permitiram “angariar alguma receita, até porque se pautaram por grande sucesso”, tanto que “aproveito para, em nome dos órgãos sociais, registar e agradecer reconhecidamente o apoio e carinho que sempre sentimos por parte dos seus associados e restante comunidade”.

“Ainda assim, há que considerar custos iniciais imprescindíveis para o arranque das estruturas, tais como a aquisição de mobiliário, equipamento informático, material necessário para o bom funcionamento e acolhimento dos utentes (atoalhados, lençóis, copos, pratos, talheres, entre outros) e ainda todos os bens perecíveis que serão adquiridos diariamente”, refere Sandra Simões, constatando que “tratando-se de custos avultados, a Associação vai continuar a necessitar de apoio da comunidade, sendo sua intenção continuar a organizar outros eventos para angariação de fundos e, simultaneamente, divulgar esta estrutura”.

CARINA GONÇALVES


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