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Incêndios: Góis e Penela fazem balanço positivo da actuação do Governo

14 de Junho 2019

As Câmaras de Góis e de Penela fazem um balanço positivo da actuação da Administração Central, ao nível de apoios e investimentos disponibilizados, passados dois anos dos incêndios de Junho de 2017.

“O balanço que faço, apesar de todos os prejuízos, é positivo, no que diz respeito aos apoios e investimentos da parte da Administração Central”, afirmou à agência Lusa a presidente da Câmara de Góis, Maria de Lurdes Castanheira.

Já o seu homólogo de Penela, Luís Matias, realça que a capacidade de resposta “foi boa” e recorda que o país nunca tinha passado por uma situação como aquela que se viveu durante os incêndios de 2017.

“Penela não teve o nível de prejuízo e de estruturas afectadas como outros concelhos, quer ao nível de habitações, quer de infraestruturas”, frisou.

Luís Matias disse que todas as infraestruturas municipais afectadas foram requalificadas e repostas, bem como toda a parte da sinalética, pavimentos e contentores de lixo.

A autarca de Góis explicou que a maior intervenção no seu concelho veio do Fundo Ambiental para a recuperação e requalificação do rio Ceira e da ribeira de Sinhel.

Adiantou ainda que foi também feita a estabilização de emergência, recuperação de taludes, remoção e limpeza de todo o material lenhoso em áreas não particulares, entre outros trabalhos.

“As duas empreitadas ultrapassam o milhão de euros e estão em franco desenvolvimento. O atraso que se verificou (os trabalhos eram para estar concluídos em 2018), teve a ver com procedimentos e a burocracia inerente”, sublinhou.

Maria de Lurdes Castanheira explicou que, como ambas ultrapassavam os 350 mil euros, ficaram sujeitas ao visto do tribunal de Contas. Disse também que as próprias circunstâncias climáticas influenciaram o decorrer dos trabalhos.

Já em relação às habitações c pelo incêndio de Junho de 2017, oito que ficaram totalmente destruídas e quatro parcialmente danificadas, explicou que ainda não há nenhuma família instalada.

Contudo, entende que a entidade que deve responder sobre o assunto é a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), “que é a entidade promotora das empreitadas”.

A autarca adiantou que a câmara fez um empréstimo, no valor de cerca de 166 mil euros, ao Fundo de Apoio Municipal (FAM), para apoiar pessoas que perderam segundas habitações.

“Como não houve apoios para estas habitações por parte do Estado, a câmara criou um regulamento com essa finalidade. O empréstimo é de 165.796 euros, a ser pago em cinco anos. O investimento total, entre público e privado, ultrapassa os 300 mil euros”, explicou.

No concelho de Góis, foram afectadas pelo incêndio 34 segundas habitações e há 13 pessoas que já se candidataram a esta ajuda.

Os incêndios de Junho de 2017, que começaram em Pedrógão Grande, provocaram a morte a 66 pessoas e ferimentos a mais de 250.

Uma extensa área florestal foi devastada pelo fogo, assim como inúmeras empresas e habitações.

LUSA


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