Uma empresa portuguesa, sediada em Lisboa e de capitais americanos, tem em curso o processo para a construção em Condeixa de uma unidade de produção da planta de canábis para fins medicinais, soube o TERRAS DE SICÓ junto de fonte conhecedora do processo.
Ao que apurámos, está praticamente concluído o negócio para a compra de um terreno com cerca de 25.000 metros quadrados, junto à zona industrial, onde as instalações serão edificadas, estando igualmente a decorrer os trâmites para as autorizações e licenciamentos legais necessários ao funcionamento da fábrica.
Não foi possível saber, em tempo útil, o valor do investimento, mas em projectos similares a este os números ascendem à casa dos vários milhões de euros e dezenas de postos de trabalho criados.
A Cannexpor Pharma tem início de actividade registado em Novembro passado, é subsidiária de um grupo ucraniano de capitais americanos e pretende dedicar-se ao cultivo de plantas medicinais para fins farmacêuticos; produção, comercialização e exportação de produtos farmacêuticos e componentes naturais para a indústria farmacêutica a partir de plantas naturais; fabrico, produção, comercialização, exportação de produtos farmacêuticos de base e de substâncias activas farmacêuticas que, pelas suas propriedades farmacológicas, são utilizadas no fabrico de medicamentos; actividades de investigação e desenvolvimento em ciências físicas e naturais.
A unidade de Condeixa deverá ter uma área de 2.000 metros quadrados para produção em ambiente exterior e cerca de 5.000 quadrados para produção em ambiente interior (estufas), bem como uma vasta área de laboratórios para o processo de transformação da planta em medicamento.
Em Portugal, o cultivo da planta de canábis para fins medicinais foi legalizado e regulamentado em Janeiro passado, depois de o Parlamento ter aprovado há um ano a legalização do uso de produtos feitos à base de canábis (Cannabis sativa) para fins medicinais. A legislação não prevê o uso terapêutico da planta, mas apenas dos preparados; a aprovação da comercialização desses preparados tem de ser feita pelo Infarmed.
Refira-se que há dois meses a empresa canadiana Tilray abriu em Cantanhede uma fábrica de produção de canábis medicinal, num investimento de 20 milhões de euros e que até ao final do ano criará 200 postos de trabalho.
Perspectiva-se que a unidade da Cannexpor Pharma em Condeixa possa estar em funcionamento em 2021.
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