A presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere, Célia Marques, deu a “conhecer o caminho que estamos a trilhar” para potenciar o território e criar melhores condições que contribuam para a “afirmação de Alvaiázere”. A autarca falava na cerimónia de comemoração do Dia do Concelho, que decorreu ontem (feriado municipal), onde foi homenageado a título póstumo o “ilustre alvaiazerense” José Eduardo Simões Baião.
“O Município submeteu já 20 candidaturas ao quadro comunitário de apoio Portugal 2020 perfazendo o valor total de investimento de aproximadamente seis milhões de euros”, revelou a edil, salientando que dessas estão aprovadas 12, cujos projectos estão “assentes em áreas como a regeneração urbana, a eficiência energética, o património natural e o ciclo da água”.
Mas o desenvolvimento do concelho não se restringe a estes investimentos. A autarquia está a preparar outros projectos, cujas candidaturas pretende submeter “ainda neste terceiro trimestre”, adiantou Célia Marques, que planeia apostar também na “regeneração urbana, melhoria das condições de acessibilidade suave, eficiência energética e património natural”.
A criação da Zona Industrial (ZI) de Rego da Murta é um dos novos projectos, cuja candidatura terá de ser submetida “até ao final do presente mês com a obrigatoriedade de anular a antiga candidatura de ampliação da ZI de Tróia”, que não avançou devido ao “parecer desfavorável do Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta ao estudo de incidências ambientais” relativo ao abate de árvores. Assim, a nova área de localização empresarial, que representa um “investimento aproximadamente de 1,7 milhões de euros”, vai nascer em S. Pedro, freguesia de Pussos S. Pedro.
A autarca destacou ainda o programa “Alvaiázere+” que definiu “um conjunto de iniciativas para a promoção do ambiente empreendedor e empresarial” no território alvaiazerense, que até agora permitiu apoiar “15 jovens que iniciaram a sua actividade económica no nosso concelho”, bem como concretizar “15 contratos de incubação” e conceder “seis isenções de taxas a empresas que realizaram obras urbanísticas”. Estes dados “indiciam já o forte impacto que este programa trará no futuro à nossa economia local”, enfatizou Célia Marques, defendendo que “devemos ter orgulho nas nossas raízes, no nosso passado, mas também temos de ter orgulho naquilo em que nos transformámos”.
“Mas, Alvaiázere é mais que do que o espaço físico, que as infra-estruturas, que o edificado”, realçou a edil, destacando “a paisagem, a serra, o carvalho cerquinho, o artesanato, a etnografia, a história, a religião, os cantares e romarias, a gastronomia”, que é preciso promover com vista à “afirmação de Alvaiázere como destino turístico”.
Para o presidente do Turismo Centro de Portugal, o caminho é mesmo este, até porque “a estratégia de um município que alavanca a modernidade e a contemporaneidade em pilares tão sólidos como aqueles que são inigualáveis e irrepetíveis só pode estar sujeita ao sucesso”. “E são estes produtos turísticos que estão a aumentar a sua atractividade”, continuou Pedro Machado, frisando que os turistas “procuram cada vez mais o luxo do século XXI”, ou seja, “segurança, tempo e silêncio”. “Por isso é que eu acredito piamente nestes territórios”, concluiu.
(Na foto, a autarca Célia Marques e José Cortez Pinto Seixas, que recebeu a Medalha Municipal de Mérito em homenagem, a título póstumo, ao seu tio José Eduardo Simões Baião)
CARINA GONÇALVES
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