A Associação Terras de Sicó está a trabalhar na classificação dos muros de pedra seca como Património da Humanidade, revelou Luís Matias, que encara este bem patrimonial com um elemento da “paisagem cultural” “altamente diferenciador”, que é preciso proteger e valorizar.
“Estamos a iniciar um processo juntamente com parceiros de outros países da Comunidade Europeia para a classificação dos muros de pedra seca a Património da Humanidade”, disse o também autarca de Penela. Com esse propósito, “já temos agendada uma reunião com o Ministério da Cultura de Portugal e vamos também fazê-lo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, que tem a tutela do Património da Unesco”.
Este projecto “vai permitir, além da visibilidade, fazer um trabalho de protecção, valorização e gestão deste património único” que faz parte da “paisagem cultural de Sicó”, sendo por isso “altamente diferenciador” desta região, realça Luís Matias, lamentando que “por vezes não prestamos muita atenção àquilo que nos diferencia”, como por exemplo os muros de pedra seca.
Mas este não é o único projecto da Associação Terras de Sicó que pretende valorizar a identidade local. A constituição da rede das Aldeias de Calcário surgiu com o mesmo intuito. Apesar de estar ainda numa fase inicial, os seis concelhos já estão a implementar o plano de acção para a constituição da rede, a qual já tem “algum financiamento aprovado no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2020” para a “capacitação dos nossos agentes locais na área do turismo, da restauração, da venda dos produtos locais e da animação turística destas aldeias”. “Portanto, apesar de ser um trabalho que está todo para fazer, já estamos as dar os primeiros passos” para implementar um projecto que será “altamente mobilizador e interessante para o território”, concluiu.
CARINA GONÇALVES
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