À terceira pode ser que seja de vez. Ao terceiro empreiteiro, vão ser retomadas as obras que irão transformar uma antiga unidade de alojamento estudantil, situada na Praça da República, na vila de Penela, em Residência das Indústrias Criativas. O projecto foi apresentado há um ano e a intervenção deveria ter arrancado no Verão passado, mas os “constrangimentos da contratação pública” atrasaram o processo.

“Já vamos no terceiro empreiteiro. Infelizmente, os dois primeiros tiveram que abandonar a obra, um nem chegou a iniciá-la, por falta da entrega da documentação administrativa necessária, e o outro deixou-a ao fim de um mês”, adiantou ao TERRAS DE SICÓ o presidente da Câmara, Luís Matias, anunciando para breve o retomar dos trabalhos.

O edifício será convertido numa unidade de alojamento local, um misto de hotel com residências artísticas, que permita acolher criativos, designers ou empreendedores, para em articulação com as diversas valências já implementadas no terreno, possibilitar “residências de curta, média ou longa duração para pessoas singulares e/ou grupos que estejam de alguma forma envolvidos com os vários projectos e espaços das indústrias criativas”, refere a memória descritiva do projecto.

A futura Residência das Indústrias Criativas vai permitir “oferecer um local de pesquisa ou de criação destinado a um ou mais projectos específicos, disponibilizar um local para exposição ou evento consagrado às obras criadas durante a permanência do artista na residência, e gerar interacção com o público, aproximando-o do circuito artístico”, referiu Luís Matias, em Abril de 2018, na apresentação do projecto.

A intervenção, a ser feita numa área de 728 metros quadrados, em cinco pisos, possibilita no futuro espaço (que poderá ser adaptado às circunstâncias) a colocação de cinco camaratas e 46 dormidas.

“Revitalizamos um pouco do espaço público, sem perder a memória colectiva do que estamos a trabalhar. Pretende-se ter uma oferta diferenciadora e estimular, por exemplo, a geminação entre a actividade cultural e as indústrias criativas”, afirmou o autarca na altura.

O valor base da obra é de 487.514,92 euros, com um prazo de execução estipulado de 240 dias.