“O Infante D. Pedro de Avis (1392-1449)” é o mote para a edição que assinala um quarto de século da Feira Medieval de Penela, a realizar este fim-de-semana (25 e 26), tendo como cenário o castelo e o centro histórico da vila.
O evento, um dos mais antigos do género no país, congrega um conjunto de recriações históricas e de animações ao vivo alusivas à época medieval, numa organização da Câmara Municipal, Agrupamento de Escolas Infante D. Pedro e respectiva associação de pais.
“Mais do que a promoção e valorização do património, a forma como envolvemos a comunidade educativa e como se desenvolve a auto-estima daquilo que se tem de mais distintivo é que é o elemento diferenciador da nossa feira”, salienta o autarca Luís Matias.
Para o edil, a realização assenta num “modelo consolidado de funcionamento e valorização do que é o nosso património, representado no castelo, mas fundamentalmente aquilo que é a dinâmica que se gera à volta da feira medieval, envolvendo também as associações do concelho, em particular, a associação de pais do agrupamento de escolas e os alunos, que trabalham também para que o evento seja um sucesso repetido ao longo dos anos”.
“Este é um momento que é vivido pelos pais e pelos alunos e que orgulha, porque a Câmara tem um papel de coordenação, mas na verdade é a capacidade de realização da comunidade que impera e diria que o mérito e a importância deste evento resulta muito daquilo que é a participação da comunidade educativa, a feira medieval já faz parte do próprio percurso de aprendizagem dos alunos”, acentua Luís Matias.
Com D. Pedro de Avis a “reinar” nos 25 anos da feira, o primeiro dia do evento será dedicado ao “Infante das Sete Partidas”, estando a programação do domingo (26) direccionada para “o Regente do Reino”. “A temática vai mudando a cada ano e animação também muda consoante o tema, mas não deixa de ser uma feira medieval que atrai milhares de pessoas ao nosso território”, frisa o autarca, na expectativa de que “muitas pessoas venham visitar-nos, que aproveitem o fim-de-semana para permanecer em Penela, o que ajuda também à dinamização da base económica local, na restauração e hotelaria, e na comercialização dos nossos produtos endógenos”.
A feira abre portas no sábado (25), pelas 12h00, com auto de abertura do mercado, seguindo-se comeres e beberes com sabores de antanho nas tabernas; visita do meirinho e do almotacé às tendas dos mercadores; espionagem, boatos e pedidos de casamento; cortejo do Infante D. Pedro na partida para a longa viagem; jogos e folias com a prole da escola de ler, escrever e contar; ordenação dos cavaleiros para a viagem das “sete partidas”; danças mouriscas; manjares de petiscos fartos e beberes frescos nas tabernas; bailias e folias nos terreiros do castelo; assalto ao castelo; a Carta de Bruges; Mare tenebrum com malabares de fogo; e ronda dos beleguins para encerramento dos festejos.
No dia seguinte (26), também pelas 12h00, ocorrerá o início dos folguedos com arruada de trovadores. O programa incluiu ainda ao longo da tarde a leitura da Carta de Feira e bênção do mercado; comeres tradicionais e beberes de mão-cheia nas tabernas; bailias e folias nos terreiros do castelo; afronta de D. Afonso, Duque de Bragança; Duque de Coimbra toca a rebate para que se reúnam as hostes; exaltação dos ideais de D. Pedro de Avis pelos “gambuzinos”; danças mouriscas; jogos e folias com a prole da escola de ler, escrever e contar; ordenação de cavaleiros e infanções; adubamento de cavaleiros para a guerra civil; a Batalha de Alfarrobeira; rito de encerramento dos festejos e folguedos, e selagem das pipas em homenagem às hostes do ducado de Coimbra.
LUÍS CARLOS MELO
Site optimizado para as versões do Internet Explorer iguais ou superiores a 9, Google Chrome e Firefox
Powered by DIGITAL RM