O Município de Alvaiázere está a concluir o projecto para avançar com a construção de uma nova zona industrial, que ficará localizada junto ao nó da A13 em S. Pedro, freguesia de Pussos S. Pedro. Esta nova área de localização empresarial representa um investimento de aproximadamente 1,5 milhões de euros e vem colmatar o atraso da obra de beneficiação e ampliação da Zona Industrial de Tróia, que está dependente do parecer positivo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A nova zona industrial terá uma área de “cerca de 16 hectares” e capacidade para “aproximadamente 40 a 45 lotes”, revelou ao TERRAS DE SICÓ a presidente da Câmara Municipal, adiantando que “neste momento estamos a adquirir os terrenos aos proprietários, a fazer as respectivas escrituras e, em simultâneo, estamos a fazer todo o processo de loteamento para a ocupação das parcelas”.
Apesar deste investimento ainda estar em fase de projecto, Célia Marques prevê “submeter candidatura ao quadro comunitário até final Junho” e “iniciar as obras ainda este ano”, até porque “temos mesmo muitas empresas interessadas e, obviamente, temos interesse em angariar novas empresas para o concelho”. Por isso, “estamos a trabalhar para termos reunidas as condições para avançar com as obras assim que seja aprovada a candidatura”.
A construção da nova zona industrial, que “andará à volta de 1,5 milhões de euros”, pretende “aproveitar ao máximo as infra-estruturas existentes no local”, nomeadamente as vias, que deverão ser alargadas, e “uma ETAR relativamente próxima e com condições para receber os afluentes das empresas que se fixem naquela zona, facilitando ao nível do saneamento”.
Todavia, a conclusão desta área de localização empresarial ainda vai demorar algum tempo, pelo que “estamos em negociação com as empresas para se manterem em Alvaiázere”, afirmou a autarca, salientando que “estamos a criar todas as condições para que permaneçam no nosso concelho”. “Neste momento, há duas empresas que estão com prazos muito apertados” devido à data limite de prescrição dos fundos comunitários, “no entanto acredito que iremos conseguir manter o seu interesse e dar resposta às necessidades para que fiquem no nosso concelho e consigam manter as suas candidaturas com o mínimo de penalização devido ao atraso do início da obra”.
Zona Industrial de Tróia “muito atrasada”
A nova área de localização empresarial vem colmatar o atraso da obra de beneficiação e ampliação da Zona Industrial de Tróia, que “está muito atrasada derivado à questão do desbloquear do corte das árvores por parte do ICNF”, esclareceu a presidente da autarquia, explicando que “parte da zona industrial está em Rede Natura 2000”.
Não obstante da construção da nova área de localização empresarial em S. Pedro, “a zona Industrial de Tróia será para avançar na mesma, até porque está prevista em sede de Plano Director Municipal (PDM)”, garantiu Célia Marques, adiantando que “estamos agora a preparar uma contraproposta ao parecer do ICNF”.
Salientando que “estamos a falar de uma mancha florestal com um impacto na Rede Natura quase ínfima, com uma ocupação da Rede Natura 2000 no nosso concelho inferior a 1%”, a autarca considera que “temos condições para negociar essa compensação” e “obter um parecer favorável”. “Caso isso se verifique, logicamente que iremos avançar, temos todas as condições para tal”, assegurou, afirmando que se trata de “uma zona que já está infra-estruturada e tem empresas na parte da zona industrial existente”, pelo que fará todo o sentido “criar um ambiente empreendedor e empresarial favorável à fixação de novas empresas”.
“Para a Zona Industrial de Tróia tínhamos praticamente 20 empresas interessadas”, revelou Célia Marques, adiantando que, atendendo à demora do início das obras, “iremos negociar, pelo menos com as empresas que têm interesse no imediato, a sua deslocalização para a zona industrial de S. Pedro”. Todavia, este será um processo para “avançar apenas quando tivermos o loteamento concluído e um documento para apresentar aos empresários” com informação sobre “a dimensão dos lotes, as condições de ocupação, etc.”. Por enquanto, a Câmara Municipal vai mantendo um “contacto regular com as empresas interessadas”, mostrando interesse na sua fixação no concelho e demonstrando que está a trabalhar para dar resposta às suas necessidades.
CARINA GONÇALVES
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