No conjunto dos seis concelhos de Sicó, desde 2013 que o número anual de óbitos mais do que duplica o de nascimentos, agravando um cenário preocupante que se tem intensificado no decorrer deste século e exponenciando a situação que se vive em Portugal, onde há dez anos consecutivos o saldo natural (diferença entre o número de nascimentos e o de mortes) é negativo, mas não tanto…

Contas feitas pelo TERRAS DE SICÓ a partir de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre 2013 e 2018, o número de óbitos no total deste território foi de 9.353 para apenas 4.309 nascimentos. Menos de metade.

O envelhecimento da população agregado a diversos factores que “travam” a natalidade são condimentos que ajudam, em parte, a explicar a situação. Porquê um saldo tão negativo é uma questão para abordarmos em nova ocasião.

As contas mostram que na última meia dúzia de anos, neste território, “partem”, em média 1.559 pessoas anualmente e apenas “chegam” 718 bebés.

Os números do ano passado, revelados recentemente pelo INE, andam muito próximos das médias de cada um dos seis municípios. Em 2018, em Alvaiázere nasceram 37 crianças e morreram 128 pessoas. A média do concelho, nos últimos seis anos, é de 34 nados-vivos e 128 óbitos. No caso de Ansião, há registo de 71 nascimentos e 198 óbitos, sendo a média de 66-178.

Condeixa apresenta a menor diferença entre nascimentos e óbitos. No ano passado, nasceram 118 crianças e o número de mortes é de 187, sendo a média desde 2013 de 132-176.

Em Penela, no ano passado nasceram 33 bebés e morreram 73, números abaixo da média dos últimos seis anos (37-86). No concelho de Pombal, o maior de Sicó, nasceram 341 bebés em 2018 e morreram 731 pessoas, quando a média no referido período é de 349-716. Por fim, em Soure, 113 mães “deram à luz” em 2018 e o número de óbitos registado é de 270. Neste município a média desde 2013 aponta para 107 nados-vivos e 275 óbitos.

LUÍS CARLOS MELO