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Belmiro Moita

Eleições Europeias: Em quem votar?

3 de Maio 2019

No próximo dia 26 de Maio realizar-se-ão eleições para o Parlamento Europeu, onde actualmente os Partidos Populares (ou Conservadores) e Socialistas têm a maioria de deputados, e onde também, em minoria, existem partidos nacionalistas, liberais e de esquerda (BE e PCP, por exemplo).

No que respeita aos partidos pertencentes ao grupo dos conservadores são exemplos o CDS, o PSD o PP espanhol, o Partido Conservador inglês e a Democracia Cristã alemã.

Dos partidos pertencentes à família socialista temos, como exemplos, o PS espanhol, o PS português, o Partido Trabalhista inglês e o Partido Social Democrata alemão.

Em face do referido, facilmente se infere que para se pertencer à maioria no Parlamento Europeu, os portugueses ou votam no PS ou votam no CDS e PSD. Se, porém, não concordarem com a existência da actual União Europeia, com as suas políticas e com o Euro, os outros partidos são alternativa de voto.

Contudo, pertencer à maioria é, sem dúvida, importante para Portugal, pois há sempre mais hipóteses de intervir nas decisões que melhor possam servir os portugueses, mas que, na minha opinião, não é suficiente para decidir o voto. Porquê? Porque quem usa esse direito deve ter também presente o que defendem os partidos conservadores e os partidos socialistas em relação ao funcionamento da economia e aos apoios sociais.

Sobre as referidas questões, a maioria dos portugueses sabe que os partidos conservadores são adeptos de uma economia de mercado desregulado (o mercado resolve todos os problemas), são defensores da privatização das empresas detidas pelo Estado (o anterior governo CDS-PSD privatizou a EDP, a TAP e os CTT), defendem a baixa de impostos para os contribuintes de maiores rendimentos, preocupam-se pouco com a redistribuição da riqueza e dos rendimentos e defendem a redução dos serviços sociais e dos programas de assistência social.

Ao contrário dos partidos conservadores, os partidos socialistas defendem a economia de mercado, mas com regulação, defendem a manutenção na esfera pública da CGD, da TAP e da CP, praticam uma tributação progressiva (quem mais ganha, mais deve pagar), defendem a manutenção da educação e da saúde como serviços tendencialmente gratuitos e preservam o actual funcionamento da Segurança Social (garantir uma reforma em funções dos rendimentos no activo).

Assim, e porque as decisões do Parlamento Europeu são de grande importância para o desenvolvimento de Portugal, espero que os portugueses votem nos partidos e nos deputados (que são de grande qualidade) que, com base nos princípios acima, melhor defendam os nossos ideais e bem-estar.


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