A Sociedade Filarmónica Avelarense vai investir cerca de 100.000 euros na alteração e ampliação da sua sede. O projecto de beneficiação do edifício, financiado em 50% pelo subprograma dois do Programa Equipamentos Urbanos de Utilização Colectiva, inclui intervenções ao nível da cobertura e alargamento do número de salas de aula.
“Precisamos mesmo destas obras senão qualquer dia o telhado cai-nos em cima”, começou por dizer o presidente da colectividade, Amândio Godinho, salientando que “outra necessidade premente é o alargamento das nossas instalações”.
Afinal, a Sociedade Filarmónica Avelarense dispõe de uma escola de música com cerca de uma centena de alunos, que funciona “sobretudo aos fins-de-semana, quando estes jovens têm mais tempo disponível”. Todavia, “as poucas salas que temos são exíguas para o leccionamento das aulas de música”, daí “esta premente necessidade”.
Contudo, as obras previstas para a sede da filarmónica “ultrapassam os 100.000 euros”, pelo que a direcção decidiu realizar as intervenções em duas fases. A primeira fase, que está orçada em cerca de 100.000 euros, “engloba praticamente toda a estrutura”, nomeadamente “a ampliação das nossas instalações, a intervenção no telhado e as salas de aula”, referiu Amândio Godinho, adiantando que “estas obras têm um prazo de execução de aproximadamente um ano”, mas ainda não há data prevista para arrancar com os trabalhos. Por fazer ficam os acabamentos, adiados para uma segunda fase e para os quais a direcção espera também conseguir financiamento.
Para já, a colectividade conta com o apoio do Município de Ansião e da Junta de Freguesia do Avelar, bem como com a “colaboração dos filarmónicos e dos amigos da filarmónica” para financiar os 50% da obra que não são comparticipados. “Este é mais um incentivo para trabalharmos”, frisou aquele dirigente, assegurando que “força de vontade não falta aos elementos da direcção” para concretizar este objectivo “de longa data”.
“A Câmara Municipal está disponível para comparticipar o projecto de valorização deste espaço tão importante para a comunidade”, garantiu o presidente da autarquia, António José Domingues, salientando que para isso a filarmónica tem de fazer um pedido formal que será analisado e votado pelo executivo.
Na sua intervenção, o autarca destacou ainda a “grande capacidade de iniciativa da Sociedade Filarmónica Avelarense”, recordando que se trata de “uma associação centenária, que ao longo de 103 anos foi ensinando muitos dos avelarenses na arte da música”. Hoje mostra uma “grande dinâmica” e “perspectiva o crescimento com melhorias internas”, num projecto que precisa de “mobilizar não só os avelarenses, mas também os ansianenses em prol da angariação dos fundos”.
Por sua vez o secretário de Estado das Autarquias Locais realçou “a importância das associações em qualquer espaço, nomeadamente nos territórios de baixa densidade”. “O associativismo é determinante nas aldeias e vilas fora das sedes de concelho” como “ponto de encontro e de desenvolvimento desportivo, criativo e cultural”, enalteceu Carlos Miguel, afirmando que “o Governo está atento ao associativismo”, conseguindo “apoiar cerca de 35 associações por ano”.
A assinatura do contrato de financiamento para alteração e ampliação da sede da Sociedade Filarmónica Avelarense vem no seguimento desses apoios ao associativismo, para que “as colectividades possam renovar-se e melhorar as suas condições de acolhimento”, concluiu o governante.
De referir que actualmente a Sociedade Filarmónica Avelarense tem como valências a escola de música, a banda filarmónica e a orquestra juvenil. A banda é composta por cerca de 50 músicos, a orquestra é constituída por perto de 20 executantes e a escola de música é frequentada por aproximadamente uma centena de alunos.
CARINA GONÇALVES
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