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Mário Carvalho

Seca em Portugal: “O panorama é mau e pode ficar dramático”

5 de Abril 2019

Este é um dos títulos da imprensa que dá voz à CAP (Confederação dos Agricultores Portugueses). Para esta organização crescem as preocupações no sentido de antever mais um ano complicado para os agricultores por falta de precipitação.

Segundo os dados do próprio IPMA (Instituto Português do Mar e Atmosfera) a “Temperatura Média Anual” tem subido cerca de 0,2 graus por década desde os anos 50 em Portugal. Destacando-se a Região Centro, com Coimbra a registar uma subida na ordem dos 0,32 graus por igual período. Por outro lado, a Precipitação tem diminuído no território nacional cerca de 40 milímetros por década.

Há muito que a questão das alterações climáticas têm sido lançada a público no sentido e alertar para o problema que agora sentimos. Ou seja, a questão não é de agora. Já tínhamos todos sido avisados.

Tal como o problema dos plásticos, por conforto ou mesmo ganância pessoal e/ou grupal, ao que acrescentamos ignorância e falta de educação ambiental, passaram muitos anos sem nada ser feito de substancial para reduzir este flagelo. Onde o poder político não fica isento por ter feito “orelhas-moucas” sobre o assunto e demagogicamente ter indo “assobiando para o lado”.

Quer ao nível planetário, quer ao nível nacional, o problema começa agora a comportar contornos preocupantes. E foram precisos vários incêndios, onde lamentavelmente várias pessoas ficaram sem vida, ao que juntamos uma elevada seca no ano 2017, com as televisões a dar a imagem disso, para que o poder político ficar encurralado na sua acção sem mais desculpas.

“Tarde e a más horas”, Portugal começa agora a acordar para uma realidade há muito anunciada sem muito ter feito de forma substancial nas últimas décadas.

Por exemplo, no que toca a desperdício de água o País continua a não ter políticas objectivas e eficazes. Basta para isso ter em comparação Israel e outros países, onde este elemento não abunda, mas conseguem uma gestão dos recursos hídricos limitando os desperdícios ao máximo.

Obviamente que ao nível autárquico a realidade não é muito diferente. Com os senhores autarcas na senda de agradar às massas continuarem a apostar em espaços lúdicos onde o desperdício de água é deveras assinalável.

Face ao problema aqui emergente, começa a não fazer mais sentido apostar em espaços verdes, e outras coisas que tais, onde a água é utilizada de forma acessória. Os mesmos espaços verdes podem ser construídos com Plantas com outro tipo de exigência em termos de consumo de água. Podem não ser tão bonitos, mas a situação assim o dita.

A água é um bem “essencial”!

Portanto, este problema gravíssimo em nosso entender não pode continuar a ser ignorado e devem ser estabelecidas regras rígidas, a começar logo pelo Estado, onde as autarquias estão inseridas.

Haja vontade política para o fazer nos seus diferentes níveis (Governo e Autarquias).

“Já ontem era tarde”!


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