Pombal foi distinguida com bandeira “Cidade de Excelência – nível III” pelo trabalho que a autarquia tem vindo a desenvolver no âmbito da requalificação urbana e ambiental. Para o presidente da Câmara Municipal, estes projectos “despertam para novas realidades, apelam a novas funções e ajudam a fazer a construção colectiva” do concelho, garantindo um “melhor serviço para as pessoas, com maior eficiência e custos mais baratos”.

Em causa estão os projectos de requalificação previstos para a frente ribeirinha (zona desportiva), corredor ribeirinho (margem esquerda do rio Arunca), rua de Leiria e espaço envolvente, bem como as ruas Mancha Pé e Dr. Custódio Freire e os jardins das Laranjeiras e do Cardal. Além disso, este galardão reconhece ainda a importância da implementação na cidade de um sistema de bicicletas de uso partilhado (Bikesharing) e a extensão e optimização da rede de transporte público urbano (PomBus), que inclui a implementação de um sistema de informação ao utilizador em tempo real.

Este trabalho de requalificação “tem surtido efeito” no Largo do Cardal, onde “há cinco anos atrás tínhamos uma imagem de desqualificação urbana e abandono dos prédios”. Esse cenário contrasta com o de hoje em que “somos surpreendidos com a utilização e requalificação desses espaços com a eventualidade de novos habitantes e novos negócios”.

Porém, Diogo Mateus não pretende restringir este trabalho à cidade de Pombal, mas estendê-lo a todas as freguesias do concelho, onde tem “fomentado a mobilidade, bem como a ligação dos principais espaços públicos”. O resultado está patente em todo o concelho, pois “tirando Vila Cã, Santiago de Litém e a sede de freguesia do Louriçal, todos os outros territórios tiveram intervenções de requalificação” para melhorar o “conforto, mobilidade e segurança”.

Ainda com o intuito de alargar o plano estratégico de desenvolvimento urbano, o município está a trabalhar na “reforma da rede de transportes urbanos”, de forma a “ampliar a toda a freguesia de Pombal” e assegurar um “serviço mais adequado”.

Também na área dos transportes, a autarquia pretende “criar bolsas de estacionamento” e implementar “um grande projecto, que do ponto de vista da mobilidade e da proximidade, fará uma grande diferença”, revelou o autarca, referindo-se ao “interface rodoferroviário”, que introduz uma “modificação substancial na parte final do Jardim do Cardal”, ligando a “linha do Norte à zona da Biblioteca Municipal e à Central de Camionagem”. Este projecto, “mais do que uma nova funcionalização, traz uma nova arquitectura, que será com certeza um ícone do ponto de vista arquitectónico da cidade, mas também da região e do país”.

“Portanto, creio que atingimos bem o objectivo principal do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), que era introduzir na cidade não só uma requalificação em que mudávamos pouco mais que os materiais, as cores e as dimensões de alguns espaços públicos, mas também as suas funções e a sua utilidade, ganhando em segurança, em conforto e em estética”, concluiu Diogo Mateus.

“Estamos a desenhar e a projectar Pombal para as pessoas que vão viver cada vez mais e querem viver de forma autónoma”, pelo que “tínhamos de entroncar a questão da mobilidade urbana”, sublinhou Paula Teles, presidente do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM), alegando que “é fundamental ter novas formas de humanização do território e todos estes projectos de vilas e cidades de excelência têm o objectivo comum de serem desenhados para as pessoas”.

“Queremos cidades para as pessoas viverem, trabalharem e receberem visitantes”, continuou, salientando que “as políticas urbanas tornam-se importantíssimas para o planeamento local”, logo “os novos projectos têm de integrar todas as novas preocupações, sejam elas sociais, na vertente da inclusão social, mas também os novos ritmos de vida”.

“Estamos a dar um contributo fortíssimo para os desafios da contemporaneidade” e “Pombal está a responder com eficácia”, enalteceu Pedro Ribeiro da Silva, coordenador da rede Cidades e Vilas de Excelência, destacando “as intervenções feitas nas freguesias, que contribuem para diluir a diferenciação entre o centro e a periferia”.

CARINA GONÇALVES