O Município de Ansião promoveu, na passada sexta-feira (5), uma sessão de esclarecimento sobre a Vespa Velutina, vulgarmente conhecida como Vespa Asiática. A iniciativa pretendeu elucidar a população sobre o combate, a prevenção, a monitorização, o impacto económico e o perigo para a saúde associado ao crescente aparecimento de ninhos desta espécie.

Assim, o presidente da Associação de Modelismo do Centro de Portugal, Carlos Filipe, abriu a sessão explanando o contributo desta entidade na evolução dos meios de remoção das colónias detectadas, nomeadamente com o uso de vara mecânica, drone e arma de ar comprimido, meios de que o município dispõe.

Por sua vez, Sílvia Rodrigues, em representação da Sicolmeia – Associação de Apicultores de Sicó, sensibilizou para o impacto económico causado pela presença da vespa na região e para a importância da monitorização na prevenção dos ataques às colmeias, demonstrando a facilidade com que se constrói uma armadilha para a espécie invasora, podendo com isso reduzir substancialmente a propagação desta espécie no território.

Já o responsável pelo Gabinete Técnico Florestal do Município de Ansião fez uma breve apresentação do estado actual do problema no concelho que, à semelhança dos demais territórios, vem registando um crescendo, tendo salientado que o município não possui de momento qualquer ninho para remoção em lista de espera.

Para fechar a sessão, que foi dinamizada sob quatro áreas distintas, a Delegada de Saúde de Ansião, Natércia Veloso, apresentou uma breve explicação dos efeitos que o veneno das Vespas Velutinas pode ter no corpo humano, nomeadamente no que a reacções alérgicas diz respeito, salientando que, mesmo sem antecedentes de reacção anafiláctica, qualquer sintoma que pareça incomum deverá ser atendido com a máxima celeridade, já que as reacções alérgicas poderão manifestar-se no espaço de alguns minutos, colocando em risco a vida de quem for picado.

Posto isto, o Município de Ansião apela à população para que “contacte os serviços municipais em caso de detecção de novos ninhos e, sobretudo, para que não arrisque fazer as remoções, pois a maioria dos casos em que houve risco para a saúde, adveio de práticas incorrectas no combate a esta espécie invasora”.