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Soure valoriza património e história com novo monumento e livro

18 de Março 2019

Soure viveu um fim-de-semana diferente. Durante quatro dias, a vila recuou no tempo para um evento que assinalou a comemoração dos 890 anos da confirmação da doação do Castelo de Soure aos Templários. A iniciativa, que começou na quinta-feira (14), incluiu a inauguração de um monumento de homenagem às Forças Armadas no Parque dos Bacelos, bem como um arraial Templário com tabernas de comida e bebida, torneios de armas e, obviamente, a recriação histórica da doação do Castelo.

“A história do concelho de Soure é muito marcada pelo Castelo”, enalteceu o presidente da Câmara Municipal, revelando que “há quem defenda que foi aqui a primeira sede dos Templários”. Por isso, numa “analogia entre Templários e militares”, a vila ostenta agora um novo monumento: um “Chaimite” que fez parte da Revolução do 25 de Abril.

“Os dois complementam-se: o Castelo e o ‘Chaimite’”, realçou Mário Jorge Nunes, argumentando que o Castelo “representa o início da nacionalidade”, enquanto “este instrumento militar, que passa a ser um monumento da vila de Soure, irá documentar parte da nossa história contemporânea”.

Todavia o “Chaimite” não será um simples monumento. Afinal, o objectivo do Município é que esteja “em permanente construção” com “ideias dos jovens sourenses que que se interessem por esta temática”.

Assim, “este espaço será também de criatividade, imaginação, pesquisa, investigação e exposição de ideias”, reiterou o autarca, esperando que “nas próximas comemorações do 25 de Abril possamos passar por aqui para conhecer outros elementos alusivos à história de Portugal e a este instrumento militar”.

“Mas esta viatura militar não veio só com o fim de embelezamento do espaço público, pois queremos acrescentar algo mais a este monumento”, afirmou o deputado da Assembleia Municipal de Soure, José Manuel Páscoa Mendes, que fez parte do Regimento de Manutenção do Entroncamento e de quem partiu a ideia da autarquia apresentar candidatura para receber um veículo blindado desactivado. “Queremos que esta viatura emblemática do exército e das Forças Armadas, que participou na Revolução do 25 de Abril, tenha também uma função didáctica junto dos alunos das nossas escolas”, frisou.

 

Livro conta história de “Os Templários em Soure”

Com vista a introduzir “algum rigor no caminho que estamos a tentar percorrer sobre a valorização histórica de Soure relativa à temática dos Templários”, o Município desafiou Fernando Tavares Pimenta a escrever um livro onde contasse a história da passagem dos Templários pelo concelho. Surge assim a obra “Os Templários em Soure. 1128-1309”, que foi apresentada na passada quinta-feira (14).

“Este livro é fruto de um trabalho de investigação que pretende consolidar os conhecimentos sobre a temática dos Templários em Portugal, especialmente em Soure”, começou por dizer Fernando Tavares Pimenta, que aceitou o desafio de escrever o livro “um pouco como historiador, mas também como munícipe de Soure”.

“Dividida em três capítulos”, a obra começa por apresentar uma “contextualização histórica de Soure” e “uma resenha da história da Ordem do Tempo”, para depois passar ao tema propriamente dito: “a presença Templária em Soure”, explicou o autor do livro, adiantando que “este terceiro capítulo é o mais significativo e o que mais nos interessa”.

Aí, Fernando Tavares Pimenta revela que “o Castelo de Soure é uma das primeiras fortalezas Templárias na Europa, não só de Portugal”, pelo que “durante mais de três décadas o concelho foi a casa mãe e o centro mais importante dos Templários na Península Ibérica”.

Para o presidente da autarquia, “este livro vem enaltecer a história e importância militar de Soure”, cuja “importância prevalece ainda hoje devido à sua centralidade no país”. Esta centralidade confere ao concelho “todas as condições para se continuar a afirmar a nível nacional”, afirmou Mário Jorge Nunes.

De referir que a primeira edição do livro “Os Templários em Soure. 1128-1309” conta com 2.000 exemplares , que poderão ser adquiridos no Município, no Museu e na Biblioteca Municipal. A obra tem um custo de nove euros.


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