As piscinas de Vila Nova de Anços só deverão reabrir portas no segundo semestre do próximo ano, avançou ao TERRAS DE SICÓ o presidente da Câmara de Soure, Mário Jorge Nunes. A Assembleia Municipal ratificou esta semana a decisão do executivo de avançar para um empréstimo bancário de perto de 870.000 euros que faça face à empreitada.

Recorde-se que a intervenção no equipamento já estava anteriormente prevista, mas os estragos provocados pela tempestade “Leslie”, em Outubro do ano passado, vieram agravar a necessidade de obras e os respectivos custos financeiros.

Decorrida nos próximos meses a obrigatória tramitação legal, o autarca espera que a empreitada, de valor superior a 920.000 euros, tenha início ainda no decorrer deste ano, a tempo de estar concluída no início do ano lectivo 2020/2021.

“Não estou à espera de nenhum apoio do Fundo de Emergência Municipal [relacionado com a tempestade] para a reparação das piscinas e fizemos uma candidatura de pouco mais de 300.000 euros ao Programa Operacional do Centro, no âmbito da eficiência energética, mas como não tenho a certeza que seja aprovada e a resposta pode demorar meses, tenho necessidade de avançar já com a obra”, afirma o edil sourense, ainda à espera que chegue apoio para as diversas consequências daquele mau tempo, como os mais de 800.000 euros de prejuízos em outras instalações e equipamentos municipais e cerca de 900.000 euros em equipamentos sociais e colectivos pertencentes a IPSS, associações e colectividades.

A obra em Vila Nova de Anços, que inclui também a substituição da maquinaria “já obsoleta”, alterará igualmente a funcionalidade do espaço, com o objectivo de ganhar “eficiência energética”. Até aqui as piscinas funcionavam com o conceito de Inverno e Verão, porque permitia abrir a cobertura no período estival. “Lamento, mas vai passar a ficar fechada o mais hermeticamente possível, seja em que altura do ano for. Terá uma cobertura menos transparente e com placas de retenção de energia”, adianta Mário Jorge Nunes.

As piscinas vilanovenses são utilizadas pelas 750 crianças do 1.º ciclo e jardins-de-infância do concelho, em período de actividades de enriquecimento curricular, e em regime aberto para o resto da população.

LUÍS CARLOS MELO