Soure assinala os 890 anos da confirmação da doação do Castelo local aos templários, numa comemoração que terá início amanhã (14) e se prolonga até domingo (17), incluindo um arraial templário, de portas abertas ao público.
“A aposta nos templários é uma temática que Soure deve incrementar e trazer para a ordem do dia, porque tem a ver com a sua história, com a história do seu castelo e da sua fundação”, defende o presidente da Câmara, Mário Jorge Nunes.
O castelo de Soure foi doado à Ordem do Templo, ordem militar de cavalaria, pela condessa D. Teresa, acto que o seu filho, D. Afonso Henriques, comprovou em 1129. Os freires templários fizeram de Soure a casa-mãe de um vasto domínio cuja importância estratégica assentava no facto deste castelo se estruturar em torno de uma grande via de acesso ao norte, a velha estrada romana que ligava Olissipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga). Terá sido D. Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo, o responsável por uma das mais importantes fases de construção do castelo de Soure.
Amanhã à tarde (17h00), realiza-se uma sessão evocativa daquela data, com a apresentação do livro “Os Templários em Soure, 1128-1309”, da autoria do historiador sourense Fernando Tavares Pimenta.
Na ocasião será ainda entregue às Forças Armadas Portuguesas (FAP) um diploma e medalha de honra do município, pela colaboração prestada aquando da passagem da tempestade “Leslie” em Outubro do ano passado.
As FAP ofereceram a Soure uma antiga viatura blindada (Chaimite), desactivada, que passará a constituir um monumento de homenagem àquela instituição nacional, perpetuado no Parque dos Bacelos e inaugurado também amanhã, pelas 16h00, a abrir o programa evocativo em curso até domingo.
Para sexta-feira, ao final da tarde, está marcada a abertura de uma exposição de armaria, no Castelo, onde sábado, às 15h00, abre portas o arraial templário que decorrerá até domingo. Mesas pedagógicas, “tabernas” e treinos de esgrima dos homens de armas são motivos de atracção, destacando-se ainda no sábado (21h30) a recriação da entrega por D. Afonso Henriques do Castelo de Soure à Ordem do Templo.
“O público terá entrada gratuita e oportunidade de interagir com a feira medieval, com a representação cénica à volta dos templários”, convida Mário Jorge Nunes, para um fim-de-semana de “regresso ao passado” na vila templária.
Ainda no âmbito da vila templária e numa aposta turística, Soure vai aderir à Associação de Turismo Militar Português, como o TERRAS DE SICÓ noticiou anteriormente, faltando apenas a formalização oficial que ocorrerá oportunamente.
A referida associação tem como missão o desenvolvimento do turismo militar em Portugal, a promoção, divulgação e preservação do património histórico e militar português, a promoção e a realização de eventos no âmbito do turismo militar, bem como o desenvolvimento de uma Rede Nacional de Roteiros de História Militar, integrando e estruturando a oferta turística do património militar nacional.
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