A Câmara Municipal de Pombal vai apoiar o projecto de investigação e preparação da edição da Obra Completa Pombalina, atribuindo uma comparticipação de 150.000 euros, a pagar durante cinco anos. Esta iniciativa, que tem como entidade gestora o Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes, contou com a aprovação do executivo camarário por unanimidade.

“Este projecto de investigação pretende editar a obra completa relacionada com Sebastião José de Carvalho e Melo – Marquês de Pombal e 1.º Conde de Oeiras – juntando numa só obra todo o acervo com os documentos escritos ou atribuídos ao Marquês ou que tenham sido escritos sob a sua orientação directa”, explica uma nota da autarquia, adiantando que o projecto “terá uma duração de cinco anos”.

O montante global deste investimento ascende a 1,05 milhões euros, cabendo ao Município de Pombal “uma comparticipação de 150.000 euros, ao longo de cinco anos, num investimento municipal anual de 30.000 euros”, refere a mesma nota. Assim, a autarquia pombalense torna-se mecenas promotor desta iniciativa, à semelhança das Câmaras de Oeiras e Lisboa (que contribuem com 200.000 euros cada), a Universidade de Coimbra (200.000 euros), a Fundação Marquês de Pombal (100.000 euros), a Fundação Millennium BCP (100.000 euros) e o Grupo Jerónimo Martins (100.000 euros).

Obra de extrema importância para Pombal

A realização deste projecto é tida de “maior importância para o concelho de Pombal e para o enriquecimento do seu património histórico, cultural e identitário”, constituindo um importante legado e uma relevância maior que o seu nome pode trazer para a promoção territorial do concelho, realça a edilidade.

Além disso, é “uma importante oportunidade de promover o vasto espólio documental sobre a obra de Sebastião José de Carvalho e Melo de que são detentores o Arquivo Municipal e o Museu Municipal Marquês de Pombal”, para os quais “constitui uma inegável mais-valia” a difusão da obra Pombalina completa.

De referir que a coordenação científica da obra ficará sob a responsabilidade da Cátedra Infante Dom Henrique para os Estudos Insulares Atlânticos e a Globalização, sediada na Universidade Aberta, ficando a gestão financeira do projecto a cargo do Instituto Europeu de Ciências da Cultura Padre Manuel Antunes. O objectivo é “concretizar a edição da obra completa Pombalina”, que “será anotada e comentada criticamente, de forma a torná-la acessível ao grande público de lusofonia”.

O protocolo prevê ainda “a possibilidade de integrar na equipa afecta ao projecto um investigador doutorado originário de Pombal, representando a visão que os pombalenses têm sobre o legado de Marquês de Pombal e fortalecendo a ligação do concelho a esta importante figura da História de Portugal”, realça a autarquia.