Portugal, por vezes, parece uma República das bananas com gente em cargos públicos de elevada responsabilidade que não faz a mínima ideia do que é o mundo real ou quais podem ser as consequências de um “bitaite” dito na televisão como se de uma conversa de café se tratasse. Refiro-me ao actual Ministro do Ambiente, cujo nome nem me lembro, que resolveu dizer que daqui a 4 ou 5 anos os automóveis Diesel já não terão valor de mercado.

Esta criatura não fazia a mínima ideia do que esta frase mal pensada poderia impactar na vida de milhares de empresas e de pessoas. Claro que todos já perceberam que os carros eléctricos  ocuparão tendencialmente mais espaço no mercado e que os combustíveis fosseis terão um futuro menos hegemónico. Daí a fazerem-se estas sentenças públicas num sector que ainda por cima é pulverizado pelo Estado e em que metade do valor de um automóvel são impostos, vai uma enorme falta de sentido de Estado e de até de sensibilidade económica.

Esta gente de “Lisboa”, com tiques de ambientalista, gosta de modas e de assumir pensamentos mais ou menos messiânicos. Este resolveu pôr fim aos automóveis Diesel, mesmo não percebendo patavina do sector. Aqui nas nossas terras, diz-se “cada cavadela, cada minhoca”.

Realmente desde um Ministro que anuncia o fim das propinas e depois corrige dizendo que não é bem isso que pensa, a outro que “decreta” que daqui a 4 anos os carros movidos a gasóleo não valerão nada, conclui-se que somos governados por gente pouco adequada e adaptada a este nível de responsabilidades.

E nós? Temos de os aturar e provavelmente, algum dia que tenham algo importante para nos dizer, não os ouviremos. E isso não augura coisa boa! É assim que vai o nível político e é por isso que os cidadãos, cada vez mais, se afastam desta confrangedora realidade, com óbvias graves consequências para a sociedade.