O Município de Soure vai recorrer a um empréstimo bancário para o arranque das obras nas Piscinas de Vila Nova de Anços, cujo valor inicialmente previsto para a intervenção anteriormente programada aumentou substancialmente devido aos estragos provocados pela tempestade “Leslie”, em Outubro passado, anunciou o presidente da autarquia.
Numa publicação na rede social Facebook, na qual partilha uma notícia do TERRAS DE SICÓ sobre as queixas dos autarcas socialistas do distrito de Coimbra à inexistência de apoios financeiros quatro meses após o temporal, Mário Jorge Nunes refere que “na próxima reunião de câmara avanço com uma proposta de empréstimo bancário para o arranque das obras das Piscinas Cobertas de Vila Nova de Anços, uma obra de remodelação/reparação com valor de cerca de um milhão de euros”.
Afirmando lamentar o atraso nos apoios estatais, “especialmente pelas colectividades que viram as suas sedes destruídas ou fortemente danificadas”, o autarca lembra que “a tempestade Leslie no concelho de Soure, em outras instalações, para além das piscinas, ultrapassam os 800.000 euros em instalações e equipamentos municipais, e ainda cerca de 900.000 euros em equipamentos sociais e colectivos pertencentes a IPSS e outras associações e colectividades”.
Segundo o edil, “muitas reparações já foram efectuadas, muitas delas de forma precária ou provisória, apenas com o esforço do Município ou dos dirigentes das colectividades”.
Em declarações à agência Lusa, os autarcas socialistas do distrito de Coimbra lamentam a inexistência de apoios financeiros quatro meses após a tempestade Leslie e garantem que a resolução do Conselho de Ministros que previa aquelas ajudas continua por cumprir.
Em 18 de Outubro de 2018, cinco dias após a tempestade que atingiu diversos concelhos da região Centro, o Conselho de Ministros determinava que, “sem prejuízo da conclusão do processo tendente ao apuramento mais rigoroso dos danos sofridos” e “dadas as circunstâncias excepcionais verificadas”, estavam reunidas as condições, no âmbito do Orçamento do Estado de 2018, para a “concessão de auxílios financeiros aos municípios afectados através do Fundo de Emergência Municipal sem necessidade de declaração de calamidade pública”.
De entre a lista de medidas extraordinárias de apoio, a resolução previa a “abertura de candidaturas ao Fundo de Emergência Municipal para apoio imediato à reposição e reparação de infra-estruturas e equipamentos municipais de suporte às populações, sob a coordenação do membro do Governo responsável pela área das autarquias locais”, o que ainda não aconteceu.
“O Município de Soure não vai esperar mais por qualquer ajuda do Governo, quando chegar será bem-vinda”, afirmou, hoje, Mário Jorge Nunes à Rádio Regional do Centro.
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