A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) anunciou hoje que fez um novo apuramento dos danos cobertos por contratos de seguro, em consequência da tempestade “Leslie”, que em Outubro do ano passado assolou Portugal, fustigando sobretudo a região Centro litoral.
De acordo com o inquérito promovido pela APS, junto das empresas de seguro suas associadas, registaram-se mais de 38.000 sinistros cobertos por apólices de seguros, a que corresponde um valor agregado de danos de 101 milhões de euros, dos quais mais de 60 milhões já se encontram efectivamente pagos, e o restante está provisionado, aguardando informação necessária ao processamento das indemnizações, refere a associação.
A APS informa ainda que relativamente aos sinistros participados, a maioria diz respeito a seguros de habitações (mais de 31.000 sinistros), seguidos dos seguros de estabelecimentos comerciais e industriais (cerca de 3.800 sinistros).
No que diz respeito ao volume de indemnizações, os danos mais significativos verificam-se nos estabelecimentos comerciais e industriais, que atingiram os 46 milhões de euros contra os 45 milhões de euros de indemnizações para os danos nas habitações. De referir, também, as quase 2.500 participações de danos sofridos por veículos, que corresponderam a mais de 4,3 milhões de euros de indemnizações.
Aquela associação sublinha que, “em termos do número de participações decorrentes de um único evento, este foi um dos maiores sinistros da história dos seguros em Portugal e atesta bem da capacidade de resposta das empresas de seguros, que, de imediato, colocaram no terreno equipas capazes de processar toda a informação necessária à rápida regularização dos danos”
“Estes dados confirmam a importância dos cidadãos e das empresas terem seguros adequados à cobertura destes riscos que ocorrem com frequência cada vez maior, evitando ficar dependentes de apoios públicos sempre incertos quanto ao montante e ao momento em que são pagos”, alerta a APS, recomendando “a consulta dos contratos de seguro para uma verificação e eventual actualização dos capitais seguros, assim como das coberturas contratadas, por forma a contrariar um fenómeno generalizado de infra seguro, existente no mercado português”.
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