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Penela: Vêm aí dois milhões de euros para remunerar boas práticas ambientais

31 de Janeiro 2019

O ministro do Ambiente e da Transição Energética anunciou hoje em Penela que, na próxima semana, vai assinar o despacho que disponibiliza dois milhões de euros para remunerar serviços de ecossistemas.

“Será dinheiro para proprietários que, pelas suas boas práticas, contribuam para a qualidade ambiental do país. Para fazermos isto, que é absolutamente pioneiro, não podemos lançar o exercício para o país todo”, disse João Matos Fernandes.

O governante, que falava aos jornalistas no final da sessão de encerramento sobre intervenções prioritárias de protecção de recursos hídricos em Penela, adiantou que foi lançado um projecto piloto que envolve a Serra do Açor, o Tejo Internacional e as áreas ardidas de Silves e Monchique.

Com esta medida, que entra em vigor este ano, o Governo pretende a substituição de árvores de maior rendimento por espécies mais resilientes e autóctones, pagando aos proprietários a diferença de rendimento.

“Vamos pagar a substituição das espécies e, em segundo lugar, fazer contratos a 20 anos, em que remuneramos a cada ano a diferença de rendimento que as pessoas teriam por ter escolhido uma espécie adaptada ao território, em detrimento daquelas que lhes dá mais rendimento”, salientou.

Segundo João Matos Fernandes, o projecto piloto tem início em 2019 e a cada ano haverá novas verbas para serem assinados novos contratos noutros territórios do país, sendo necessário que os terrenos estejam cadastrados.

O ministro do Ambiente e da Transição Energética visitou ao fim da tarde o Laboratório Rios, no Parque Verde da Quinta da Cerca, Espinhal, no concelho de Penela, onde foi apresentado o Projecto de Reabilitação dos Recursos Hídricos e plantação de árvores.

O Projecto de Reabilitação dos Recursos Hídricos de Penela foi realizado no âmbito das “Intervenções prioritárias de protecção dos recursos hídricos devido aos incêndios florestais ocorridos de 17 a 24 de Junho de 2017 no centro de Portugal”.

A intervenção abrangeu nove linhas de água, numa extensão de 18 quilómetros, com recurso a técnicas de engenharia natural, num investimento de 260 mil euros.

LUSA


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