A Fundação ADFP, sediada em Miranda do Corvo, terá acabado de adquirir a Pousada de Condeixa, unidade hoteleira de charme construída em 1993 e com mais de quatro dezenas de quartos, apurou o TERRAS DE SICÓ junto de fonte conhecedora do processo.

O negócio terá sido concluído nas últimas horas, devendo os novos proprietários assumir em breve a gestão do espaço, que por enquanto continuará na área do turismo. Os valores envolvidos na transacção não são ainda conhecidos.

A Fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, criada em 2007, é uma instituição de solidariedade social, sem fins lucrativos, com estatuto de utilidade pública, que prossegue a actividade da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional, nascida em 1987, sob a direcção do médico Jaime Ramos, apoiando pessoas com deficiência ou doença mental crónica, idosos e mulheres grávidas ou mães em risco, com valências e serviços sociais, saúde, educação, cultura, desporto, agricultura e turismo.

Para além de outros empreendimentos, a instituição já gere o hotel Parque Serra da Lousã e o restaurante Museu da Chanfana, preparando-se para abrir, durante o ano em curso, o Hospital Compaixão, igualmente em Miranda do Corvo. A área de intervenção da fundação entende-se também a outros municípios, como Coimbra, Penela ou Fundão (área agro-florestal e vitivinicultura).

A Pousada de Condeixa integrou durante vários anos a rede Pousadas de Portugal, mas em 2014 a sua gestão passou para a família proprietária do imóvel.

O edifício da unidade hoteleira assenta no que foi em tempos o Paço dos Almadas, Condes de Avranches, e que durante muitos anos recebeu personagens da mais distinta nobreza europeia.

A grande casa do séc. XVI da nobre família dos Almadas foi incendiada em 1811 aquando das Invasões Francesas Napoleónicas. Permaneceu em ruínas até meados do séc. XIX quando a família Quaresma Lopes a adquire e reconstrói, colocando na fachada o brasão da sua linhagem e que o edifício ainda ostenta.

Em 1937, o imóvel é comprado por Cândido Sotto Mayor, cuja família conservou até hoje a sua propriedade.