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Condeixa quer investir 2,5 milhões de euros em Unidade de Cuidados Continuados

14 de Janeiro 2019

Uma fundação de Condeixa, cujos novos estatutos estão na posse do Governo para aprovação, anunciou hoje que vai investir 2,5 milhões de euros na construção de uma Unidade de Cuidados Continuados (UCC).

O projecto de construção da futura UCC, com capacidade para 30 camas, foi apresentado no salão nobre da Câmara, cujo presidente, o socialista Nuno Moita, disse aos jornalistas que o empreendimento deverá ser candidatado aos fundos da União Europeia, na sua programação para a próxima década.

“Uma coisa é certa: nem a fundação, nem a Câmara Municipal irão deixar que aquele edifício fique assim”, afirmou Nuno Moita, numa alusão ao imóvel que no passado acolheu o Centro de Saúde de Condeixa.

Trata-se de um prédio que integra o património da Fundação Hospital D. Ana Laboreiro D’Eça, cuja direcção é presidida pelo padre Idalino Simões, presente na conferência de imprensa em que o arquitecto Luís Flório fez a apresentação do projecto.

O imóvel centenário “faz parte do imaginário público”, sublinhou o arquitecto, indicando que a fachada original será preservada, bem como “a mesma matriz de cor” azul.

“Vamos manter o que existe, não adulterando a história” do edifício, disse o autor do projecto.

Para Nuno Moita, este “é um caminho irreversível”, em cumprimento de uma promessa que, nas autárquicas de 2017, ele próprio assumiu enquanto recandidato do PS à presidência da Câmara.

Da entidade proprietária do antigo Centro de Saúde, cujo nome será abreviado para Fundação D. Ana Laboreiro D’Eça após o esperado reconhecimento pelo Conselho de Ministros, fazem parte a autarquia, a Santa Casa da Misericórdia de Condeixa-a-Nova e a Igreja Católica, através da paróquia local.

“A fundação tem um património imobiliário rico. Não é um projecto que vamos deixar cair”, assegurou Nuno Moita.

A UCC, na sua opinião, é um equipamento “que poderá ser acarinhado pela Segurança Social”.

Idalino Simões, por sua vez, vincou que a Segurança Social, para poder financiar o funcionamento da futura Unidade de Cuidados Continuados, “não aceitaria um projecto que estivesse ligado” ao Serviço Nacional de Saúde.

O arquitecto Luís Flório informou que as obras de adaptação do edifício, com três pisos, incluem uma ampliação do espaço na ordem dos 500 a 600 m2.

Também a vice-presidente da Câmara, Liliana Pimentel, realçou que, nesta fase do processo, “há uma abertura” da Segurança Social quanto à viabilidade do projecto, depois de encontros realizados com a participação de Luís Flório.


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