O programa Repor, criado para apoiar empresas afectadas pelos incêndios, apoiou 278 empresas no primeiro ano de funcionamento, num investimento total de 116 milhões de euros, ajudando a manter 3.335 postos de trabalho, revelou o Governo.
Desses 116 milhões, 74 foram de investimento público, revelou o Secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, em Castanheira de Pera, durante uma sessão de divulgação dos apoios ao investimento para a região do Pinhal Interior.
O secretário de Estado destacou o trabalho realizado no âmbito do Repor – Sistema de Apoio à Reposição da Competitividade e Capacidades Produtiva, criado pelo Governo em Novembro de 2017, após os incêndios que devastaram o Centro do país.
“[O Repor] teve como objectivo permitir o rápido restabelecimento das condições de produção das empresas afectadas com prejuízos directos, apoiando, nomeadamente, a aquisição de máquinas, de equipamentos, de material circulante de utilização produtiva e as despesas associadas a obras de construção necessárias à reposição da capacidade produtiva”, resumiu João Paulo Catarino.
O governante avançou que “os últimos dados, de Novembro deste ano, indicam que foram apoiadas 278 empresas, num investimento total de 116 milhões de euros, dos quais 74 milhões de euros de investimento público, e que representam 3.335 postos de trabalho mantidos”.
João Paulo Catarino referiu ainda que “o Governo determinou a elaboração do Programa de Revitalização do Pinhal Interior (PRPI), gerido pela actual Secretaria de Estado de Valorização do Interior, lançando um conjunto de medidas e projectos que previam um modelo de governança específico para estes territórios, tendo como finalidade a sua revitalização económica e social”.
Neste contexto e no âmbito do Portugal 2020, foi criado o sistema de apoio Atrair, que visa captar investimento para zonas afectadas pelos incêndios.
Este apoio concedido a empresas tem como objectivo atrair novos investimentos geradores de emprego para os territórios afectados pelos incêndios de 15 de Outubro de 2017. A linha funciona por duas vias: o Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e ao Emprego (SI2EE); e do SI Inovação.
O governante confirmou que 288 empresas foram apoiadas no âmbito do SI2E, o que representa 41 milhões de euros de investimento total aprovado, para micro e pequenos projectos de montante relevante para a densificação de redes locais. O investimento público atingiu os 23 milhões de euros, contribuindo para a manutenção de 603 postos de trabalho.
No âmbito do SI Inovação, lançado em Novembro do ano passado com uma dotação de 100 milhões de euros, foram apoiadas 111 empresas, num total de 358 milhões de euros de investimentos aprovados.
A dimensão média dos projectos foi superior a três milhões de euros. No total houve 198 milhões de euros de investimento público, tendo sido mantidos 2.285 postos de trabalho, segundo dados fornecidos pela Secretaria de Estado da Valorização do Interior.
O secretário de Estado da Valorização do Interior focou ainda, na sua intervenção em Castanheira de Pera, a aposta no sector florestal, “bem visível no processo de reforma florestal que tem vindo a ser implementado pelo Governo ao longo dos três últimos anos”.
Destacou ainda a “aposta clara em modelos de gestão agrupada”, nomeadamente através de Zonas de Intervenção Florestal, Entidades de Gestão Florestal, Unidades de Gestão ou Organismos de Investimento Colectivo.
João Paulo Catarino considerou esta aposta “essencial para ultrapassar a limitação imposta pela estrutura da propriedade que se verifica em grande parte do território nacional, introduzindo uma gestão sustentável e eficaz do espaço florestal”.
LUSA
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