O projecto de parentalidade positiva, que a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) apresentará publicamente no início do próximo mês, “vai trazer outra visibilidade à vertente preventiva das comissões de protecção de crianças e jovens (CPCJ) e uma atitude diferente na ajuda às famílias a serem verdadeiras famílias de protecção, de carinho, amor, de educação, que permitirá proteger as crianças nas suas várias áreas de desenvolvimento”, preconizou a presidente daquela organização, no encerramento de um encontro nacional sobre aquela temática, que reuniu em Soure, no passado dia 9, responsáveis de cerca de três dezenas de CPCJ.
“Queremos desempenhar a vertente preventiva de uma forma mais sistemática, mais robusta a nível nacional, com ferramentas próprias para ajudarmos as famílias a exercer uma parentalidade verdadeiramente positiva, que previna situações de perigo e que não coloque as crianças a precisarem da vertente protectiva”, reforçou ao TERRAS DE SICÓ Rosário Farmhouse, salientando a importância do projecto ser suportado por fundos comunitários, o que permitirá uma actuação “mais musculada”.
Considerando que “exercer a parentalidade nos dias de hoje é muito difícil e desafiante”, sendo necessárias “ferramentas que nos ajudem a exercê-la cada vez melhor”, aquela responsável garantiu aos representantes das CPCJ o “máximo empenho” da CNPDPCJ “em que se possa construir um cada vez melhor sistema de promoção e protecção, que permita possamos ter mais crianças e jovens felizes, com famílias felizes, num país feliz”.
Na CPCJ de Soure, a parentalidade positiva já faz parte do plano local de prevenção dos direitos da criança, assegura a sua presidente. De acordo com Manuela Santos, o novo projecto de âmbito nacional “vai trazer maior e melhor formação, capacitação dos técnicos e das próprias famílias, permitir trabalhar com maiores e melhores meios em prol dos direitos das crianças”.
Por seu turno, o presidente da Câmara de Soure manifestou total disponibilidade para o município que dirige assumir novas competências descentralizadas nesta área, porque “acreditamos que estando mais perto dos cidadãos vamos conseguindo desempenhar melhor e ser mais eficazes e eficientes no nosso trabalho”.
“Em Soure, temos feito uma caminhada nos últimos anos de nos afirmarmos na defesa do que são os verdadeiros valores humanistas e da solidariedade, da subsidiariedade, que é dar meios, dar responsabilidade às pessoas, e fazemos isso também com o cidadão comum”, realçou Mário Jorge Nunes, salientando o reforço do apoio concedido à CPCJ local.
(Na foto, Mário Jorge Nunes e Rosário Farmhouse, hoje, em Soure, na sessão de encerramento do encontro “Pensar a Parentalidade Positiva com as CPCJ”)
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