O deputado do PSD Pedro Pimpão, eleito pelo círculo eleitoral de Leiria, questionou o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas sobre os “apoios urgentes e efectivos para fazer face aos prejuízos causados pela tempestade Leslie no concelho de Pombal”.
Na pergunta dirigida ao Governo, Pedro Pimpão lembra que “os municípios da região centro litoral foram fortemente fustigados pela tempestade Leslie, que deixou um rasto de devastação”, questionando a tutela de Pedro Marques sobre “as medidas específicas e efectivas que vão ser implementadas para apoiar a recuperação deste território” com vista à recuperação das infraestruturas e equipamentos públicos e privados.
Esta situação, “verdadeiramente dramática para a nossa população”, “exige respostas concretas das instituições”, refere o deputado pombalense, que pretende saber “qual o calendário e o prazo de implementação das medidas de apoio à recuperação de danos em empresas, em particular as unidades fabris e o sector agro-florestal, para fomentar a retoma da actividade económica das pequenas e médias empresas afectadas pela tempestade”.
“Passado este tempo, quando estará totalmente restabelecida a rede de comunicações (telefone, televisão, internet) em todo o território?”, pergunta igualmente o social-democrata.
Pedro Pimpão solicita ainda que o Governo esclareça “quais os apoios específicos a que podem recorrer as associações, colectividades e IPSS´s que viram as suas instalações, viaturas e/ou equipamentos danificados” por esta intempérie.
Salientando que foi anunciada “a adopção de medidas extraordinárias de apoio às populações, empresas e autarquias locais afectadas”, o deputado pombalense pretende saber, “especificamente, quais são essas ‘medidas de carácter extraordinário’ e o prazo para serem implementadas”, até porque este é um território que foi massacrado pela vaga de incêndios em Outubro do ano passado e “até agora muitos dos apoios prometidos e medidas anunciadas não foram concretizadas”.
“Ainda agrava mais esta situação, o facto de nos chegarem relatos de populações do concelho de Pombal que, volvidas duas semanas, ainda estão sem telefone fixo, televisão ou mesmo Internet, pelo que urge restabelecer as comunicações em todo o território, até porque, na grande maioria, são pessoas idosas, que vivem isoladas e que ficam completamente desamparadas sem comunicações”, adianta.
De referir que, até ao momento, estima-se um registo de prejuízos superiores a 4,8 milhões de euros, num rasto de destruição que se fez sentir com maior intensidade nas freguesias da zona oeste do concelho, nomeadamente Almagreira, Carriço, Louriçal e União das Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca e que os prejuízos poderão chegar aos seis milhões de euros, quando concluída a avaliação dos estragos causados em duas centenas de habitações e registados os prejuízos apurados.
De acordo com a informação disponibilizada, “o maior impacto dos estragos fez-se sentir na agricultura, em muitas habitações e em vários equipamentos públicos”. Nos registos já disponibilizados sobre os danos em unidades económicas, foram apurados “prejuízos em mais de 70 empresas e/ou empresários em nome individual, cujas perdas contabilizadas até ao momento ultrapassam os 3,5 milhões de euros”.
“Nestes termos, considerando os elevados prejuízos registados, urge encontrar soluções efectivas de apoio às populações afectadas e também à recuperação de infraestruturas públicas e privadas”, conclui Pedro Pimpão.
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