Cerca de 40 conselheiros distritais da JSD de Leiria subscrevem uma convocatória do Conselho Distrital para apresentação, discussão e votação de uma moção de censura à Comissão Política Distrital. A proposta será votada a 8 de Dezembro e, caso a mesma seja aprovada, terminará com o mandato desta Comissão Política.
“A aprovação do documento carece de maioria simples”, esclarecem os seus signatários, salientando que “o órgão é composto por 80 conselheiros eleitos, mais os presidentes de concelhia em funções”, pelo que a moção, subscrita por 40 conselheiros distritais, “encontra-se a poucos votos de ter aprovação garantida”.
Recorde-se que a moção de censura surge após várias concelhias terem assumido a sua ruptura com esta Comissão Política, o que levou à demissão de vários dos seus membros. No seguimento desta tomada de posição, a Comissão Política Distrital respondeu “desvalorizando, mais uma vez as opiniões dos membros demissionários, bem como o trabalho das concelhias às quais pertencem, acusando-as de ilegitimidade para a tomada de posição”.
Para os signatários da moção, esta é “uma reacção que apenas confirma as críticas” que haviam sido endereçadas ao presidente da Comissão Política Distrital, Pedro Brilhante, que após a ruptura com várias concelhias “ameaçou quebrar um compromisso assumido desde o início do mandato com a concelhia de Ansião”, que consistia em realizar naquele concelho a primeira edição da Academia Internacional Samuel Freire, em homenagem ao militante ansianense falecido em 2014. Ora, tal intimação comprova a “postura ameaçadora, chantagista e de ataque a todos os que discordam das suas posições e postura”.
Estatutariamente, “o Conselho Distrital deveria reunir trimestralmente”, por convocatória da sua Mesa, presidida por Margarida Balseiro Lopes, presidente da JSD nacional. Contudo, “neste mandato ainda só existiu uma reunião deste órgão, no passado mês de Fevereiro”, adiantam.
Recorde-se que Pedro Brilhante integrou a Comissão Política Permanente da JSD nacional no mandato anterior, no qual Margarida Balseiro Lopes desempenhava as funções de Secretária-Geral. Nesse mandato, o agora presidente da JSD Distrital de Leiria foi assalariado pelo trabalho na sede nacional da estrutura.
Já nas suas actuais funções, Pedro Brilhante “admitiu que excluía deliberadamente das actividades distritais a concelhia das Caldas da Rainha por, entre outros, não ter apoiado a candidatura de Margarida Balseiro Lopes”.
Os signatários da moção denunciam ainda “várias ingerências de Pedro Brilhante nas concelhias”, nomeadamente na de Pombal, da qual é originário, onde “promoveu várias demissões que visavam a queda da Comissão Política Concelhia”. Todavia, os órgãos nacionais da JSD “interferiram no processo”, dificultando a estabilização da concelhia, com vista a tentar “atrasar a marcação do Plenário que permitiria eleger os substitutos para os lugares em vacatura”.
Desta forma, “perante a inoperância e conivência da Mesa e, em particular, da sua presidente”, os conselheiros distritais decidiram tomar a “iniciativa drástica de convocar o Conselho Distrital, hipótese também prevista estatutariamente, visando mudar o rumo que a JSD Distrital de Leiria tem seguido nos últimos meses”.
(Na foto, o presidente da Comissão Política Distrital da JSD, Pedro Brilhante)
Site optimizado para as versões do Internet Explorer iguais ou superiores a 9, Google Chrome e Firefox
Powered by DIGITAL RM