A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Coimbra promove na segunda-feira um congresso para discutir a inclusão social de pessoas com deficiência e incapacidades com graves limitações.
“Vamos dar voz às pessoas com deficiência e trabalhar a noção que têm dos seus direitos e dos seus sonhos”, disse Ana Isabel Cruz, dos Centros Ocupacionais da APPACDM, durante a apresentação do congresso “Mediação de Pares: Pontes para a Inclusão Comunitária”.
O evento, que coincide com o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, vai servir para a apresentação do Modelo para a Educação Comunitária Inclusiva, desenvolvido no norte da Europa e que está a ser implementado pela instituição.
O objectivo, disse Ana Isabel Cruz, é potenciar a inclusão social de pessoas com deficiência e incapacidades com graves limitações na sua autonomia e participação social, através da formação de pessoas com deficiência e incapacidade de menores limitações, de forma que sejam agentes facilitadores e mediadores da inclusão dos seus pares na comunidade.
O modelo já está a ser replicado no centro ocupacional de São Silvestre, em Coimbra, mas o objectivo é alargá-lo aos outros três centros localizados nos concelhos de Arganil, Cantanhede e Montemor-o-Velho.
“Pretendemos uma vez mais que toda a gente sinta a instituição como delas”, sublinhou Helena Albuquerque, presidente da APPACDM.
O congresso vai ter um painel para reflectir sobre a linguagem técnica adaptada ao mundo de hoje e ainda uma mesa redonda para discutir “o que fazemos para estragar a autonomia das pessoas com dificuldades intelectuais”.
A instituição promove também, no dia 10 de Dezembro, a mesa redonda “Direitos Humanos da Pessoa com Deficiência”, em que participam o professor António Magalhães e os investigadores Adriano Moura e Viegas Abreu.
A iniciativa insere-se nas comemorações dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
“São dois dias fundamentais para a APPACDM, que trabalha para que os direitos humanos das pessoas com incapacidade e deficiência sejam defendidos”, frisou Helena Albuquerque.
LUSA
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