A Associação Caminheiros de Penela vai realizar pela primeira vez uma caminhada em Espanha, mais concretamente, em Santiago de Compostela, nos próximos dias 10 e 11 deste mês.
“Esta é uma actividade específica, dentro do nosso objectivo de diversificar os percursos”, adianta ao TERRAS DE SICÓ Joaquim Santos, fundador e presidente daquela associação, apostada em “fomentar o desporto, o contacto com a natureza e desfrutar das paisagens bonitas”.
A deslocação, de mais de meia centena de participantes, limitada à capacidade de um autocarro de turismo, compreende, no primeiro dia, paragens em Finisterra e Muxia, para dois percursos a pé de poucos quilómetros.
No segundo dia, os caminhantes terão pela frente a distância de cerca de 10 quilómetros no “Caminho Francês”, entre Lavacolla e Santiago.
Dada a boa adesão, a associação agendou já para Janeiro do próximo ano uma nova deslocação com o mesmo destino.
“O que estamos a fazer é a adocicar estas pessoas, que certamente alguns no futuro irão fazer o Caminho de Santiago por conta delas”, afirma o dirigente.
Desde a região de Sicó até Santiago de Compostela são “15 dias a caminhar” e hoje “poucas pessoas têm essa disponibilidade de tempo”, pelo que muitos optam por fazer o percurso por etapas.
“Os Caminhos de Santiago são feitos por qualquer pessoa, não tem que ser religioso, não tem que ter crença ou promessa, é sem linha no horizonte, são uma forma de estar e desfrutar e quando os concluímos sentimos uma sensação de superação”, salienta Joaquim Santos, que ainda recentemente fez (novamente) parte do trajecto.
Sublinhando que o percurso está “muito bem marcado”, o dirigente refere que os Caminhos de Santiago “alimentam” muita gente. “Dão prazer a quem caminha, mas ajudam a desenvolver muitas povoações, pequenas comunidades que vivem dos peregrinos/caminhantes e que de outra forma teriam vários estabelecimentos encerrados”, frisa, dando como exemplo o Rabaçal, por onde diariamente circulam pessoas, de inúmeras nacionalidades, a pé, rumo àquela cidade espanhola.
Mais actividade
A Associação Caminheiros de Penela está a fazer, em média, uma actividade por mês, mas “no próximo ano vamos fazer ainda mais”, é que além das caminhadas locais, projecta outros percursos “mais longe”, como Picos da Europa, Gerês, Passadiços do Vez ou Madeira.
“Não funcionamos em massas, no máximo 150 pessoas quando os percursos o permitem. Queremos, no futuro, melhorar a qualidade dos percursos a seleccionar, dando aos caminhantes mais variedade e a oportunidade de visitas a locais que de outra forma não visitariam”, explica Joaquim Santos.
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