Cerca de 70 mil consumidores da região Centro continuavam ao fim da manhã de hoje sem energia eléctrica devido à passagem da tempestade Leslie, anunciou hoje a EDP Distribuição, que reforçou o número de operacionais no terreno.
“Neste momento, o número de consumidores sem energia tem vindo a reduzir, situando-se ao final da manhã nos 70 mil, mantendo-se o distrito de Coimbra e a zona do Louriçal, em Pombal (Leiria), como as zonas mais afectadas, havendo uma situação no município da Mealhada (Coimbra) que merece atenção”, afirmou a empresa.
A EDP refere ainda que tem cerca de 750 operacionais em actividade, mais 250 do que no domingo à noite, e que “foram instalados 70 geradores de emergência e duas centrais móveis de geração para garantir o fornecimento de energia a consumos prioritários”, como lares e escolas.
“Neste contexto, em articulação com a Autoridade Nacional da Protecção Civil, foi solicitado apoio do Exército português para a instalação dos geradores”, informou.
Para a empresa, a reposição de energia tem “evoluído positivamente, apesar de não ser com a velocidade desejada”, justificando o atraso com os “avultados” danos na rede de distribuição, que exigem trabalhos de “reconstrução”.
Segundo a EDP, ainda há uma centena de linhas de Alta e Média Tensão “inoperacionais, com postes danificados, em particular nas localidades abastecidas pelas subestações de Louriçal (Pombal) e Soure”.
Afirmando que está “fortemente empenhada e a desenvolver todos os esforços para a normalização do serviço de fornecimento de energia”, a EDP Distribuição mantém o estado de emergência para o distrito de Coimbra.
Mais de 100 mil consumidores estavam sem energia eléctrica na tarde de domingo.
A passagem do furacão Leslie por Portugal, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.
A Protecção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
O distrito mais afectado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um “percurso muito errático”, se fez sentir com maior intensidade, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
Na Figueira da Foz, uma rajada de vento atingiu os cerca de 176 quilómetros por hora no sábado à noite, valor mais elevado registado em Portugal, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
LUSA
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