O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, garantiu hoje, em Condeixa, que vão existir os recursos necessários para apoiar as populações e as autarquias afectadas pela tempestade Leslie.
“Não pode deixar de haver recursos para a recuperação da normalidade de vida das famílias numa ocorrência destas e vamos ter os recursos necessários”, disse o governante, após a visita às piscinas municipais de Condeixa, cuja cobertura ficou completamente destruída.
A tempestade Leslie, que atingiu, sobretudo, a região Centro, provocou estragos superiores a 1,1 milhões de euros nos equipamentos municipais, segundo o presidente do município.
Aos jornalistas, Pedro Marques disse que o Governo vai definir nos próximos dias, “provavelmente já no próximo Conselho de Ministros, um conjunto de actuações” para apoiar os estragos provocados pela tempestade de sábado à noite.
“A prioridade, evidentemente, repor a normalidade da habitação das famílias, apoiar aqueles que precisam de alojamento temporário, apoiar também as empresas, sabendo nós que felizmente têm os seus seguros”, garantiu o ministro.
O titular da pasta do Planeamento e Infraestruturas mostrou a disponibilidade do Governo para “apoiar as autarquias em situações em que as infraestruturas municipais devam ser reparadas e em particular na sequência de catástrofes”.
“Certamente que o Fundo de Emergência Municipal é um instrumento que existe e que também poderá ser mobilizado”, admitiu o governante, salientando que, nos próximos dias, o Governo vai aprovar directivas para “facilitar e agilizar os procedimentos de contratação pública, para que as autarquias possam rapidamente repor as condições de normalidade nos equipamentos municipais”.
Segundo o presidente do município de Condeixa, Nuno Moita, a reparação das piscinas municipais, que, neste momento, estão inutilizadas, vão implicar um investimento de 600.000 euros.
“A nossa intenção é iniciar a recuperação da piscina o mais rapidamente possível, por ajuste directo, no regime de excepção”, explicou.
O autarca enumerou ainda estragos nas escolas do concelho, no estádio municipal, no edifício dos Paços do Concelho e nas estradas municipais e florestais.
“Contas feitas, temos neste momento apurados 1,1 milhão de euros de prejuízos”, sublinhou.
O presidente da Câmara de Condeixa disse ainda que várias empresas da zona industrial sofreram avultados estragos, num montante de dois milhões de euros, nomeadamente a cerâmica Dominó, que vai estar sem laborar cerca de um mês devido à queda do tecto da principal unidade de produção.
Nuno Moita adiantou ainda que há prejuízos contabilizados de 350.000 euros em estufas agrícolas do concelho e cerca de 150.000 euros de estragos nas coberturas das habitações particulares.
LUSA
Site optimizado para as versões do Internet Explorer iguais ou superiores a 9, Google Chrome e Firefox
Powered by DIGITAL RM