As concelhias da JSD de Ansião, Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos, Peniche e Pombal tornam pública a sua “ruptura com a Comissão Política Distrital”, na sequência de “constantes atropelos ao normal funcionamento e relacionamento institucional”.
“Desde o início do mandato, esta Comissão Política Distrital, especialmente o seu presidente, revela uma postura antidemocrática, de desrespeito pelas opiniões contrárias e marginalização daqueles que as emitem”, pode ler-se num comunicado daquelas cinco concelhias.
“Os espaços de discussão política têm sido praticamente inexistentes, não havendo, durante largos meses, lugar a reuniões de Comissão Política e, muito menos, a reuniões do Conselho Distrital, num flagrante desrespeito pelos Estatutos da JSD”, denuncia o mesmo comunicado, adiantando que “o processo decisório é verdadeiramente autocrático, centrando-se no presidente da Comissão Política e na sua Comissão Política Permanente, órgão cuja constituição não está prevista estatutariamente e que foi desenhado à medida para tirar margem para vozes discordantes”.
O desrespeito pelos órgãos e pelas estruturas revela-se também, por exemplo, na organização da Volta Distrital do Secundário, “sem articulação quer com as concelhias quer com o Coordenador do Ensino Básico e Secundário”. Esta foi uma “actividade destinada exclusivamente ao cumprimento de agendas pessoais e na promoção de guerrilhas internas em concelhias”, como aliás tem sido “prática corrente da Distrital”.
“Esta actividade foi também uma manobra de show-off perante as emergentes opiniões que denunciavam a inércia e o facciosismo da Comissão Política Distrital, que pretendeu mostrar uma falsa união e abrangência, passando em todos os concelhos, mas sem envolver as respectivas concelhias, desrespeitando em vários casos as opiniões das mesmas”, acusam.
O show-off e o maquilhar do desmembramento desta Distrital continua quando, para fazer prova de vida, se publicita uma reunião do Gabinete de Estudos, na qual apenas estão dois membros desse Gabinete. De resto, as reuniões cingem-se agora a representantes de quatro ou cinco concelhias, deixando patente a “completa desconexão em relação à realidade distrital”.
“A falta de identificação entre os militantes e a distrital torna-se flagrante quando uma actividade como a Academia de Jovens Autarcas passa, de um ano para o outro, de cerca de 100 participantes para cerca de 30”, pode ler-se no comunicado, que aponta ainda “a completa ausência de conteúdo e acção política e, consequentemente, de projecção mediática” como “bastante reveladoras da qualidade do trabalho desenvolvido por esta Comissão Política”.
O foco da actividade da JSD Distrital de Leiria deveria ser a apresentação de propostas políticas, a formação de quadros políticos, o estímulo à participação política dos jovens de todo o distrito (sem excepções e marginalizações) e o apoio à actividade política de todas as concelhias, pelo que “não deve nem pode servir para a prossecução de objectivos e agendas pessoais, nem ser um instrumento para lutas ou manutenção do poder em quaisquer outras estruturas”.
O repúdio total por estes comportamentos levou a que vários militantes destas concelhias, bem como da de Alvaiázere e de Castanheira de Pera, apresentassem a sua demissão dos cargos na estrutura distrital.
As concelhias subscritoras deste comunicado manifestam a sua total disponibilidade para participar na vida da JSD Distrital de Leiria, mas numa perspectiva integradora e construtiva, de apoio às concelhias e não de ruptura com as mesmas. Não acreditam, contudo, que tal seja possível no actual contexto e com a actual Comissão Política, que conduziu a distrital ao momento mais negro da sua história.
(Na foto, Pedro Brilhante, presidente da JSD Distrital de Leiria)
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