A presidente da Câmara Municipal de Alvaiázere desafiou hoje os restaurantes do concelho a incluírem pratos de chícharo nas suas ementas durante todo o ano. O repto foi lançado na cerimónia de abertura do Alvaiázere Capital do Chícharo, que junta o 16.º Festival Gastronómico do Chícharo e a 38.ª FAFIPA, prometendo atrair àquela vila milhares de visitantes até domingo (7).
“É necessário que todos os restaurantes apresentem nas suas ementas pratos de chícharo ao longo de todo o ano”, realçou a autarca, convicta de que “vamos conseguir criar vantagens competitivas e através desta leguminosa dar a conhecer todos os produtos extraordinários de elevada qualidade que temos para oferecer, deste o mel, o vinho, o azeite, o queijo, o cabrito e tantos outros”.
Mas para isso “precisamos de mudar mentalidades e de acreditar em nós”, enalteceu Célia Marques, salientando que “o chícharo é o produto âncora da estratégia de marketing territorial de Alvaiázere”, pelo que através desta leguminosa “vamos conseguir criar vantagens competitivas”.
“O desafio está em cada um”, reiterou a edil, convencida de que “com a dedicação, o trabalho e o entusiasmo de todos os alvaiazerenses acreditamos chegar onde merecemos estar”.
Mas o desafio não é apenas para o sector da restauração, é também para a produção. Afinal, se “queremos continuar a crescer e queremos assumirmo-nos como a capital do chícharo, temos de aumentar a produção”. Logo “precisamos que mais jovens produtores apostem neste produto e acreditem no seu potencial”, tal como já acontece na parte da gastronomia onde são “vários os subprodutos já criados à base de chícharo e que trazem valor acrescentado à economia local”.
“Nos últimos anos, as políticas de promoção de produtos agro-alimentares tradicionais de qualidade têm sido objecto de atenção constante em diferentes realidades e apontadas como uma das alternativas ao desenvolvimento colateral”, referiu Célia Marques, adiantando que “actualmente assiste-se a uma reorganização do modelo de desenvolvimento agrário, combinando o enorme potencial dos produtos tradicionais locais com o desenvolvimento das regiões rurais mais frágeis”. E o objectivo último desta feira enquadra-se nesse propósito, daí a agregação destes dois eventos que se “constituem como sectores potenciadores de crescimento e desenvolvimento” pelo que “aliados à cultura e património serão certamente mobilizadores e impulsionadores deste território”.
Posto isto, “certamente que todos concordam que esta é a melhor época para promover o chícharo, mostrando e saboreando o produto da colheita deste ano”. “Esta foi a razão que esteve na transição do certame para esta data e claro que a mudar fazia sentido alterar para a data original do festival”, esclareceu a autarca, sublinhando que com o regresso do certame a Outubro, serão recuperadas “as experiências que proporcionávamos aos nossos visitantes no modelo original do festival, como as visitas ao património, as exposições em vários espaços municipais, as montras dos estabelecimentos comerciais engalanadas para receber os visitantes e claro um estilo musical não tão comercial e pop, mas mais alternativo”. Por isso, “este ano e pela primeira vez teremos três palcos com sonoridades diferentes”, adiantou a edil, desafiando todos a “provar e levar muito de Alvaiázere”.
CARINA GONÇALVES
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