Arrancam hoje as anuais Festas de S. Miguel, que animam Penela até domingo (30) e integram a Fagrip e a centenária Feira da Nozes, numa jornada de animação, dinamização e promoção do concelho e das suas gentes.
As festas pretendem ser “demonstrativas daquilo que é a dinâmica de Penela do ponto de vista social e económico, e fundamentalmente um momento de encontro dos penelenses na sua terra e uma forma de promover o nosso território”, refere Luís Matias, presidente da Câmara que promove o evento.
A feira agrícola, comercial e industrial Fagrip, a ancestral Feira da Nozes, e a gastronomia, bem como o Dia do Município são marcas das festas que anualmente atraem muita gente ao concelho, para dias de convívio e também de degustação dos produtos endógenos, eventos culturais e desportivos, bem como espectáculos musicais.
Autarquia e Núcleo Empresarial de Penela estão empenhados em “dar ainda mais importância” à mostra de actividades económicas sensibilizando as empresas locais para a participação. “Muitas delas, na verdade, não têm um interesse económico e comercial na presença, mas é mais para demonstrar que em Penela há um tecido empresarial forte e robusto, que tem crescido muito, com empresas de várias áreas, competitivas no mercado global, exportadoras para dezenas de países, que facturam milhões de euros em volume de negócios”, frisa Luís Matias.
“Plataforma logística de comercialização de frutos secos”, a feira das nozes, por seu lado, mantém viva uma tradição de seis séculos, como poderá ser comprovado no domingo, dia 30, manhã cedo, pelas ruas de Penela, onde toneladas daquele produto são transaccionadas.
Sem comparação
Expensive Soul e Mário Mata & Amigos do Zeca são este ano as atracções musicais do programa do “S. Miguel”.
Para o autarca, “os concertos, apesar da sua importância para as pessoas de cá, não são determinantes para a relevância do certame”.
“Não queremos transformar a Fagrip e feira das nozes num evento musical, em que apenas é o cartaz de artistas que dita a importância do evento. Muito para além disso queremos que seja um momento em que também as associações, as empresas, tudo o que é a dinâmica cultural e social do concelho possam estar representadas”, afirma o presidente da Câmara.
Sublinhando que o cartaz musical “não nos envergonha”, Luís Matias refere que o investimento financeiro “não é comparável” com o feito por outros municípios. “O nosso orçamento [com festas] anda na ordem dos 80.000 euros e é aí que queremos continuar, mas bem sabemos que muitos municípios gastam esse valor num só dia. É uma questão de visão, estratégia e decisão política. A nossa é esta e estamos confortáveis com ela”, refere o edil.
Caminho de afirmação
Que Penela vão encontrar aqueles que ali rumarem por altura das festas? Reponde o autarca local: “Uma Penela que tem feito o seu caminho, que conta com todos no processo de desenvolvimento e de melhoria do concelho, mas um território que se está a afirmar claramente no contexto do Pinhal Interior, pela sua capacidade de inovação, de riqueza e de tornar a vida de cada um melhor”.
O êxito das festas anuais do S. Miguel “está sempre muito dependente de factores externos, designadamente a questão climatérica, mas vamos ver se também nesse aspecto temos sorte”, refere o presidente da autarquia, com “expectativas elevadas”, porque “trabalhamos para isso, para sermos melhores a cada dia e sermos muito escrupulosos na gestão dos dinheiros púbicos”, concluiu.
LUÍS CARLOS MELO
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