A candidatura para musealização do Complexo Monumental de Santiago da Guarda já foi aprovada. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal de Ansião, António José Domingues, durante a cerimónia de abertura da Feira de Artesanato e Festa de Amizade que decorreu de 20 a 22 de Julho, naquela freguesia.
“O projecto da musealização do Complexo Monumental de Santiago da Guarda irá certamente valorizar e tornar mais atractivo este espaço, já de si único e exemplar”, sublinhou o edil, adiantando que “há um investimento diversificado no Complexo, desde equipamentos, iluminação cénica do espaço, melhorias ao nível dos conteúdos sobre o monumento, produção de vídeos e produção gráfica”. Portanto, este projecto “acrescentará mais qualidade e valências a um espaço que se tornará mais atractivo, podendo desta forma atrair mais visitantes e criar mais sinergias com a população local e com os diversos agentes locais”.
“São mais de 230.000 euros para melhorar este espaço de Santiago da Guarda”, permitindo a “projecção deste património e deste território no futuro”, reiterou o autarca, ressaltando que se trata de uma “candidatura ainda entregue pelo anterior executivo”.
A seguir a este projecto “outros também surgirão”, revelou António José Domingues, referindo-se à criação de um centro do mosaico, que deverá nascer junto ao Complexo Monumental de Santiago da Guarda. Para o edil, “o nosso território tem algumas potencialidades que devemos aproveitar”, das quais é exemplo o mosaico, que através de “um futuro centro do mosaico” “poderá contribuir para que este território seja conhecido a nível nacional”.
O Arqueosítio do Ramalhal é outro património que o município pretende preservar, pelo que “já tem em mãos a avaliação dos dois terrenos e vai incetar conversações com os proprietários para poder adquirir os terrenos e assim acrescentar mais valor àquele espaço”. Afinal, o início da exploração do Arqueosítio do Carvalhal revelou “vestígios interessantes da romanização”, que poderão valorizar o eixo da romanização, considerado “muito significativo e muito importante para a dinamização turística, cultural e patrimonial do território”.
“É propósito deste executivo chegar ao final destes quatro anos e poder transferir para as juntas de freguesia dois por cento do orçamento municipal”, o que corresponde ao “dobro daquilo que hoje recebem”, revelou ainda o autarca, que desta forma pretende “descentralizar” e “ir ao encontro das exigências e das necessidades das pessoas”.
“É desta forma, construindo, fazendo caminho, subindo degrau a degrau, que estamos também a afirmar o nosso território”, considera António José Domingues, certo de que “o nosso concelho não seria o mesmo e não teria a dinâmica que tem se nas nossas terras não houvesse esta dinâmica associativa”. Prova disso é a Feira de Artesanato que é já “um evento de referência a nível regional e diria até nacional, que diferencia as Festas da Amizade”.
“O Centro de Amizade e Animação Social (CAAS) de Santiago da Guarda tem sido um referencial e tem contribuído de sobremaneira para o desenvolvimento social, cultural e desportivo da freguesia”, enalteceu Bruno Martins, vice-presidente daquela associação que mais uma vez promoveu as Festas da Amizade e Feira de Artesanato, onde foram “servidas mais de 1.500 refeições em três dias” e participaram “cerca de 150 bttistas, cerca de 120 artesãos divididos por 60 pavilhões e cinco grupos folclóricos”, numa organização que envolveu “90 voluntários”.
“O CAAS é já uma referência no associativismo no panorama cultural desta freguesia e deste concelho”, realçou o presidente da Junta, David Rodrigues, fazendo votos para que “esta vitalidade continue no futuro, porque a freguesia necessita dela para continuar a ser conhecida aquém e além fronteiras”.
CARINA GONÇALVES
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